Maduro promete ampliar prisões para abrigar detidos em manifestações

Presidente disse que já foram feitas mais de 1,2 mil prisões de manifestantes que outras 1.000 estão a a caminho; ele prometeu colocar todos nas prisões de Tocorón e Tocuyito, de segurança máxima

Roberto de Lira

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 
31/07/2024
(Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 31/07/2024 (Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na quinta-feira (2) que nos próximos 15 dias começará a ampliação de prisões se segurança máxima do país para receber os presos dos recentes protestos contra os resultados oficiais das eleições.

Em um discurso público transmitido pelo canal de TV estatal VTV, Maduro se referiu às prisões de Tocorón e Tocuyito e chegou a fazer versos: “Tocorón e Tocuyito; tengo listo [pronta] Tocorón y lo voy a meter em Tocorón a toditos”, sendo aplaudido por uma pequena multidão.

O presidente disse que já são mais de 1,2 mil pessoas presas acusadas de atos de violência e vandalismo desde o domingo e que há mandados de prisão para pelo menos outras 1.000. “para que paguem pelos seus crimes ante o povo.

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Ele prometeu capturar a todos os “criminosos que ameaçaram o povo”, com ataques a hospitais, estações de metrô, postos policiais, casas e armazéns da CLAP [programa de distribuição de cestas básicas].

Segundo o jornal El Universal, mais cedo, num encontro no Conselho Nacional de Economia, ele acusou os Estados Unidos, a Colômbia, o Peru e o Chile de terem treinado os manifestantes para praticarem esses ataques. “O treinamento foi: você recebe uma ordem para atacar”, disse.

Maduro garantiu que o plano de recuperação dos locais atacados e vandalizados está sendo iniciado, primeiramente nos ambulatórios e hospitais.