Maduro diz, sem provas, que eleições no Brasil não são auditadas

Presidente venezuelano recomendou um "chá de camomila" a quem criticou sua fala sobre "banho de sangue" em caso de derrota nas urnas

Equipe InfoMoney

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, afirmou, sem mostrar provas, em um comício que as eleições no Brasil não são auditadas.

Na realidade, o sistema eleitoral brasileiro é auditável em todas as suas etapas.

O presidente da Venezuela também questionou os sistemas eleitorais dos Estados Unidos e da Colômbia. Maduro disse que a Venezuela “tem o melhor sistema eleitoral do mundo”.

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“Temos 16 auditorias. Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos, é inauditável o sistema eleitoral. No Brasil não auditam um registro. Na Colômbia não auditam nenhum registro”, afirmou Maduro.

Maduro está há 11 anos no poder e quer ganhar mais seis anos no poder.

Há alguns anos, a Venezuela realiza eleições sob desconfiança da comunidade internacional. Em 2018, Organização para os Estados Americanos, União Europeia, EUA e Austrália não reconheceram os resultados.

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Neste ano, Maria Corina Machado, principal nome da oposição a Maduro, foi impedida de concorrer pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao presidente.

“Chá de camomila”

Maduro também respondeu aos comentários criticando sua declaração na última semana, quando disse que a Venezuela poderá enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não seja eleito.

“Quem se assustou que tome um chá de camomila”, disse o presidente venezuelano.

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O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um dos que criticou a declaração de Maduro.

“Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue”, afirmou.