Maduro diz que bilionários da internet têm projeto de dominação global

Presidente da Venezuela diz que empresários como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg consideram tomar o poder diretamente não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo, e que a China é alternativa

Equipe InfoMoney

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 31/07/2024 (Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 31/07/2024 (Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)

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Os magnatas do setor de comunicação, em especial aqueles que dominam as grandes redes sociais na internet, têm um projeto de dominação mundial. A afirmação foi feita pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em seu mais recente episódio do “Podcast Maduro”, transmitido na noite de domingo.

Segundo Maduro, empresários como Elon Musk têm a hegemonia da comunicação do mundo e “conquistaram um elemento que é muito importante como as redes sociais, que marcam a vida das pessoas”. “Quem converteu um vendedor de hot-dog de Pretória no magnata dos satélites do mundo? Ele tem 6 mil satélites. Que Estado do mundo tem 6 mil satélites?”, perguntou.

“O setor de comunicação produz 70% do produto interno bruto mundial, então eles consideraram tomar o poder diretamente não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo”, afirmou Maduro, citando também Jeff Bezos e Mark Zuckerberg.

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No caso de Musk, um desafeto declarado do presidente venezuelano, Maduro disse que o desejo do empresário é ser presidente dos Estados Unidos, usando seu controle sobre a rede X e a Starlink. Ele ainda disse que o bilionário, que é de origem sul-africana, “foi treinado sob a ideologia do apartheid (…), que era uma emulação do nazi-fascismo”.

Durante o programa, o convidado mexicano Diego Ruzzarin observou que a China mostrou a existência de uma tecnologia alternativa para essas comunicações. “O Tik ok da China não é o mesmo do Ocidente. Na China, os influenciadores são proibidos de estimular o consumismo. Você vê engenheiros, matemáticos, cultistas nas redes sociais da China que não são como aqui”, disse.

Segundo o jornal El Universal, Madurro indicou que os esforços da Venezuela visam construir essa alternativa mais humana da internet. “Vamos construir esse mundo alternativo na Venezuela, onde as redes sociais são um elemento de educação, cultura, promoção da vida, valores espirituais, etc.”, disse.

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O presidente voltou a se referir às manifestações contrárias à sua contestada reeleição como um “golpe de estado cibernético, fascista e criminoso”, preparado desde os Estados Unidos.