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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu que o não comparecimento do candidato da oposição Edmundo González Urrutia a uma intimação feita pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) ontem vai acarretar “graves consequências legais”.
Em vídeo gravado durante um evento no Palácio Miraflores e divulgado no Instagram, Maduro voltou a chamar González Urrutia de “fascista” e disse ainda que os três líderes partidários que foram ontem ao tribunal disseram não ter em sua posse atas da eleição.
“Reconheceram que não têm atas e não têm nada”, alegou, lembrando que eles mudaram de atitude em frente aos microfones.
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“Estamos preparados, estamos unidos. A verdade nos pertence e a vitória é nossa. A vitória da paz, da Constituição, da Justiça, da soberania, da independência, das ideias republicanas, do socialismo do século XXI”.
Ontem, após descumprir a intimação da Corte Suprema do país, González Urrutia disse que temia comparecer à câmara eleitoral do tribunal do por sentir-se “totalmente vulnerável devido à impotência e à violação do devido processo legal”.
“Colocarei em risco não apenas a minha liberdade, mas, mais importante, a vontade do povo venezuelano expressa em 28 de julho”, disse González na carta publicada no X.
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Sobre os pedidos internacionais para que sejam divulgadas as atas completas de todas as seções eleitorais, o primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, disse num programa de rádio que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) jamais fez isso antes.
O líder do partido de Maduro afirmou que, historicamente, o CNE dá os resultados por centro eleitoral e quem não estiver satisfeito deve ir com seus registros de votação ao órgão correspondente para formular sua reivindicação. “Mas, o CNE não publica atas, nem hoje, nem na Quarta República, nem nunca. O CNE não publica atas, publica resultados”, disse o líder bolivariano.
(Com Reuters)