Macron rejeita primeiro-ministro da aliança de esquerda na França

A coalizão da esquerda francesa que conquistou a maioria das cadeiras parlamentares, sugeriu a especialista em crimes financeiros Lucie Castets como candidata ao cargo de primeira-ministra

Reuters

Presidente francês, Emmanuel Macron
22/07/2024
REUTERS/Stephanie Lecocq
Presidente francês, Emmanuel Macron 22/07/2024 REUTERS/Stephanie Lecocq

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O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira que o seu governo vai seguir interinamente até meados de agosto enquanto a França recebe os Jogos Olímpicos, rejeitando a estratégia da aliança dos partidos de esquerda de nomear um novo primeiro-ministro.

A coalizão da esquerda francesa Nova Frente Popular, que conquistou a maioria das cadeiras parlamentares na eleição deste mês, sugeriu a especialista em crimes financeiros Lucie Castets como candidata ao cargo de primeira-ministra apenas uma hora antes de Macron dar uma entrevista televisiva.

Quando questionado sobre Castets, desconhecida do grande público, Macron disse para a France 2: “Não é essa a questão, o nome não é um problema. O problema é: qual maioria pode surgir na Assembleia (Nacional)?”.

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“Até meados de agosto, não estamos em posição de mudar as coisas para não criar desordem”, acrescentou Macron.

Os Jogos Olímpicos de Paris, que vão da próxima sexta-feira até 11 de agosto, representam um dos maiores desafios logísticos e de segurança para a França, com os seus 35 locais de competição e 10,5 mil atletas.

A França está em um impasse parlamentar desde a eleição. Nenhum partido teve a maioria dos assentos na câmara baixa do Parlamento, que acabou fragmentada em três grandes blocos.

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A coalizão de esquerda tentou propor um nome para primeiro-ministro para suceder o primeiro-ministro que está deixando o cargo, Gabriel Attal, mas decidiu não negociar com outras forças políticas e não conta com cadeiras suficientes para ter a maioria.

De acordo com a Constituição francesa, cabe ao presidente a decisão de nomear o primeiro-ministro, então a coalizão de esquerda não tem como forçar Macron. Ao contrário, o presidente pediu aos partidos políticos para trabalharem em conjunto para criar uma coalizão mais ampla.

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