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Os líderes do Partido Socialista da França elogiaram as conversas “interessantes, mas inconclusivas” com o presidente Emmanuel Macron e outros chefes de partidos tradicionais nesta terça-feira, com o líder francês dando a si mesmo 48 horas para nomear um novo primeiro-ministro.
Os socialistas surgiram como uma possível força decisiva após o governo de Michel Barnier ser destituído na semana passada, provocando a segunda grande crise política da França em seis meses.
Macron espera que os socialistas ajudem seu próximo chefe de governo a evitar outro voto de desconfiança, mas eles querem que ele nomeie um primeiro-ministro de esquerda em troca. Eles também podem tentar diluir sua histórica reforma da previdência.
“Foi uma reunião interessante, mas inconclusiva”, disse o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, a repórteres após deixar o Palácio do Eliseu. “A bola está com o presidente.”
Macron disse aos chefes dos partidos que espera evitar a dissolução do Parlamento novamente antes que seu segundo e último mandato termine em 2027, segundo um assessor presidencial.
A decisão de Macron de dissolver o Parlamento em junho, desencadeando eleições antecipadas, resultou em um Parlamento desordenado que se mostrou politicamente instável.
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Macron também disse aos chefes dos partidos que não quer contar com o apoio da extrema-esquerda ou do Reunião Nacional (RN), de extrema-direita, e pediu que eles concordassem com um pacto de não agressão, de acordo com o assessor.
Macron quer nomear um novo governo em 48 horas. Na próxima quarta-feira, o gabinete deve aprovar uma legislação de emergência para estender o Orçamento de 2024, após o fracasso do projeto de lei de 2025.