Macron quebra silêncio pós-eleição na França e pede coalizão de partidos tradicionais

A votação, que Emmanuel Macron convocou inesperadamente depois de perder para o partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) nas eleições ao Parlamento Europeu de junho, mergulhou a França em território desconhecido

Reuters

O presidente da França, Emmanuel Macron, após votar no primeiro turno - 30/6/2024 (Foto: Yara Nardi/Reuters)
O presidente da França, Emmanuel Macron, após votar no primeiro turno - 30/6/2024 (Foto: Yara Nardi/Reuters)

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PARIS (Reuters) – O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta quarta-feira que os partidos tradicionais unam forças para formar uma maioria sólida na Assembleia Nacional, em sua primeira declaração pública desde que a eleição parlamentar de domingo gerou um impasse.
A votação, que Macron convocou inesperadamente depois de perder para o partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) nas eleições ao Parlamento Europeu de junho, mergulhou a França em território desconhecido, com três blocos politicamente divergentes e nenhum caminho óbvio para a formação de um governo.

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Em uma carta a jornais regionais, Macron pediu aos partidos tradicionais com “valores republicanos” que formem uma coalizão de governo e disse que espera escolher um primeiro-ministro de tal agrupamento.
“Depositemos nossa esperança na capacidade de nossos líderes políticos de demonstrar bom senso, harmonia e calma em seu interesse e no interesse do país”, escreveu ele. “É à luz desses princípios que decidirei sobre a nomeação do primeiro-ministro.”
Macron não pediu explicitamente que o RN e o partido de extrema-esquerda França Insubmissa sejam excluídos de tal coalizão, mas sua menção a “valores republicanos” é tipicamente entendida como a exclusão de partidos extremistas.
A aliança de esquerda Nova Frente Popular, que inclui o França Insumbmissa, o Partido Comunista, o Partido Verde e o Partido Socialista, conquistou inesperadamente o maior número de assentos na votação de domingo, mas não a maioria. O campo de entro de Macron ficou em segundo lugar e o RN em terceiro.