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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Argentina, Javier Milei, o papa Francisco e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, se juntarão a uma dúzia de chefes de Estado e de governo convidados pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, para participar da cúpula do G7 na próxima semana, informaram autoridades nesta sexta-feira (7).
A lista de convidados, excepcionalmente longa, reflete o desejo da Itália de ampliar os horizontes do G7, um grupo formado por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e União Europeia.
“O G7 reúne países que compartilham princípios e normas fundamentais, mas não é fechado como uma fortaleza. Está aberto para o mundo”, disse uma autoridade que não quis ser identificada.
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Os diplomatas já haviam divulgado uma lista de muitos dos participantes do encontro de 13 a 15 de junho, incluindo os líderes de Índia, África do Sul, Brasil, Argentina, Turquia, Argélia, Quênia e Mauritânia.
Todos esses países já confirmaram sua presença, marcando a primeira viagem ao exterior do primeiro-ministro indiano Narendra Modi desde sua vitória eleitoral nesta semana, e do presidente Cyril Ramaphosa, que perdeu sua maioria absoluta na África do Sul neste mês.
Grande parte da atenção, no entanto, se concentrará em um possível encontro entre Lula e Milei, vizinhos sul-americanos que têm criticado abertamente um ao outro nos últimos meses.
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As autoridades confirmaram nesta sexta-feira que tanto o príncipe herdeiro saudita quanto o rei Abdullah, da Jordânia, participarão das discussões em Borgo Egnazia, um resort exclusivo na região sudeste da Puglia, enfatizando a preocupação com a situação no Oriente Médio.
Acredita-se que seja a primeira vez que um líder da Arábia Saudita, um país regularmente acusado de violações dos direitos humanos, seja convidado a participar de uma cúpula do G7.
“Nem sempre temos a mesma abordagem, mas é por meio do diálogo e da compreensão das diferentes necessidades que os resultados são alcançados”, disse a autoridade italiana.
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Como fez no ano passado, o presidente ucraniano, Volodymir Zelenski, participará da reunião do G7, juntando-se a uma sessão em 13 de junho dedicada ao conflito de seu país com a Rússia. Os outros líderes participarão das discussões na sexta-feira, 14 de junho.
O convidado principal será o papa Francisco, que será o primeiro pontífice a participar de uma reunião do grupo. Ele será o orador principal em uma sessão dedicada aos riscos e oportunidades apresentados pela inteligência artificial.
Os críticos acusam o G7 de ser elitista e arrogante. Ao atrair tantos convidados, a Itália espera fortalecer o consenso sobre questões críticas, como as relações com a China, ao mesmo tempo em que chama a atenção para os problemas do Sul Global, especialmente da África.