Lula diz que Venezuela precisa mostrar atas de votação para “resolver a briga”

Presidente também afirmou que não vê nada "anormal" ou "grave" no processo eleitoral venezuelano

Equipe InfoMoney

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de evento sobre tecnologia em Brasília
30/07/2024
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de evento sobre tecnologia em Brasília 30/07/2024 REUTERS/Adriano Machado

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (30) que, para “resolver a briga” causada pelo impasse nas eleições na Venezuela, é preciso que as autoridades do país apresentem as atas de votação.

Lula também afirmou que não vê nada “anormal” ou “grave” no processo eleitoral venezuelano. “Uma pessoa disse que teve 51%, uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça, e a Justiça faz”, afirmou o presidente.

As declarações, as primeiras do presidente brasileiro desde as eleições no país vizinho no domingo (28), foram dadas à TV Centro América, afiliada da TV Globo no Mato Grosso.

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“Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, disse Lula, segundo o portal g1.

Segundo o presidente, “na hora que tiver apresentado as atas, e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela”.

As atas a que o presidente Lula se refere são os boletins que registram os votos de cada urna nas eleições venezuelanas. Até agora, elas não foram apresentadas pelo Comitê Nacional Eleitoral (CNE), principal autoridade eleitoral da Venezuela. O órgão diz que uma falha no sistema impede que elas sejam divulgadas.

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Nesta segunda-feira (29), o CNE proclamou Nicolás Maduro como o vencedor das eleições na Venezuela, em um resultado questionado pela oposição e comunidade internacional. Países como Argentina, Chile e Uruguai contestaram o processo eleitoral.