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Líderes da União Europeia indicaram Ursula von der Leyen para um segundo mandato como presidente do braço executivo do bloco, como parte de um acordo sobre os principais cargos para o próximo mandato de cinco anos.
O acordo inclui a eleição do ex-primeiro-ministro português, Antonio Costa, como chefe do Conselho Europeu, e a primeira-ministra estoniana, Kaja Kallas, como representante da União Europeia para assuntos exteriores e segurança.
A indicação de Von der Leyen ainda precisa ser confirmada pelo Parlamento Europeu, onde ela pode ter dificuldades para obter a maioria dos votos.
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Sua aprovação lá “não é garantida, é claro”, disse Valerie Hayer, uma parlamentar francesa que lidera o grupo Renovar a Europa, a repórteres na quinta-feira (27), acrescentando que antes da votação, Von der Leyen será submetida a uma sabatina pelos partidos parlamentares da UE sobre temas que vão desde defesa e competitividade até o Estado de Direito.
Von der Leyen foi confirmada para seu último mandato pela margem mais estreita da história da UE – e, desta vez, os cálculos podem ser ainda mais complicados.
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A decisão sobre os principais cargos ocorre depois que os líderes da UE não chegaram a um acordo na semana passada. Alguns, incluindo o primeiro-ministro italiano Giorgia Meloni, expressaram descontentamento com as negociações a portas fechadas entre o Partido Popular Europeu de centro-direita, os socialistas e os liberais, que não refletiram a influência da extrema-direita, cujo número aumentou nas eleições recentes.
Meloni manteve suas cartas na manga e ignorou os apelos de vários líderes na preparação para a cúpula, segundo dois diplomatas que pediram anonimato ao discutir um assunto privado. Ela se absteve na nomeação de Von der Leyen e votou contra Kallas e Costa, segundo diplomatas que falaram sob condição de anonimato para discutir negociações sensíveis.
Os aliados de Meloni estão atualmente prestes a formar o terceiro maior bloco no parlamento, mas as deliberações sobre esses grupos ainda continuam.
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O apoio dos três grupos centristas ainda pode ser insuficiente para a votação de confirmação de Von der Leyen no parlamento, prevista para meados de julho, e ela pode precisar do apoio de outros. Ainda há ressentimento na câmara em relação à maneira como aconteceu sua última nomeação, que interrompeu o processo tradicional de seleção.
Von der Leyen era vista como a favorita após cinco anos em que sua gestão da pandemia de Covid e as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia lhe renderam uma reputação de gerente competente. Ela recebeu críticas por apoiar rapidamente Israel após os ataques terroristas do Hamas e por manter o controle de sua comissão de forma centralizada.
Costa, um candidato socialista com amplo apoio entre os partidos, assumirá o cargo de Michel ainda este ano para liderar o órgão que reúne os líderes da UE. Ele renunciou ao cargo de primeiro-ministro de seu país em novembro passado, após acusações de tráfico de influência, mas o caso perdeu força em Portugal.
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Enquanto isso, Kallas finalmente convenceu algumas nações com dúvidas de que seu foco na ameaça da agressão russa veio em detrimento de outras preocupações, e ela havia relutado em aprovar a liberal como a principal diplomata da UE. Em um tweet, ela chamou seu novo cargo de “uma enorme responsabilidade em um momento de tensões geopolíticas”.
Os três candidatos eram vistos como as opções mais prováveis há semanas, e as negociações ocorreram de forma mais tranquila do que em ocasiões anteriores. Alguns líderes, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, no entanto, exploraram alternativas para o chefe da comissão, incluindo o ex-primeiro-ministro italiano Mario Draghi.
A distribuição dos principais cargos da UE foi decidida entre as maiores famílias políticas com base nos resultados das eleições realizadas de 6 a 9 de junho. Os líderes também buscaram alcançar um equilíbrio geográfico e de gênero.
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