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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ordenou um ataque a Israel em retaliação ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrido nesta quarta-feira (31) na capital do país, Teerã, informou o The New York Times.
Khamenei teria dado a ordem em uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã ainda na manhã desta quarta, segundo o NYT, pouco tempo depois de autoridades do país confirmarem que Haniyeh havia sido morto.
O Irã e o Hamas acusaram Israel pelo assassinato. O país de Benjamin Netanyahu não confirmou nem negou a autoria do crime.
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O líder do Hamas estava em Teerã para a posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, que reuniu representantes de mais de 20 países — inclusive do Brasil, que foi representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Haniyeh foi assassinado por volta das 2h (horário local), depois de participar da cerimônia e se encontrar com o aiatolá.
O NYT afirma que Israel tem uma longa história de matar inimigos no exterior, com casos passados de cientistas nucleares iranianos e comandantes militares.
O aiatolá tem a última palavra em todos os assuntos de Estado e é o comandante-chefe das forças armadas iranianas. Ele teria instruído a Guarda Revolucionária e o exército a preparar planos para um ataque de retaliação e uma defesa, para o caso de a guerra tomar maiores proporções e Israel ou os Estados Unidos atacarem o Irã, informou o jornal americano.
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Em sua declaração pública sobre a morte de Haniyeh, Khamenei sinalizou que o país retaliaria, dizendo: “vamos vingar seu sangue como nosso dever”, porque sua morte aconteceu no território da República Islâmica. Ele disse que Israel preparou o terreno para “uma punição severa”.
Outras autoridades iranianas, como o novo presidente, o Ministério das Relações Exteriores, a Guarda e a missão do Irã na ONU, também foram claras sobre a retaliação contra Israel, afirmando que tinham o direito de se defender contra uma transgressão de sua soberania.
Analistas disseram ao NYT que o Irã vê a retaliação como necessária tanto para vingar a morte de Haniyeh, quanto para dissuadir Israel de matar outros inimigos importantes, como Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, ou o general Ismail Qaani, comandante das Forças Quds, que supervisiona os grupos militantes fora do Irã.