Líder da oposição na Venezuela diz que genro foi sequestrado em Caracas

Edmundo González, que diz que ter recebido mais votos que Nicolás Maduro na eleição de julho, relatou que Rafael Tudares "foi interceptado por homem encapuzados"

Bloomberg

Edmundo González Urrutia em Washington, EUA, em 6 de janeiro (Ting Shen/Bloomberg)
Edmundo González Urrutia em Washington, EUA, em 6 de janeiro (Ting Shen/Bloomberg)

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O líder da oposição na Venezuela, Edmundo González, disse que seu genro foi sequestrado nesta terça-feira (7) em Caracas, dias antes de sua prometida volta à capital.

González, que recebeu mais votos do que o incumbente Nicolás Maduro na eleição presidencial de julho, de acordo com registros eleitorais coletados pela oposição, afirmou em uma postagem no X que seu genro, Rafael Tudares, foi “interceptado por homens encapuzados de preto” e colocado em uma van enquanto levava seus filhos, de 6 e 7 anos, para o primeiro dia de aula.

As tensões na capital têm aumentado à medida que González promete retornar à Venezuela em 10 de janeiro para ser empossado como presidente, apesar das ameaças do governo de prendê-lo ao chegar. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, chegou a oferecer uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à captura de González.

Maduro, que foi declarado vencedor pela autoridade eleitoral sem apresentar provas, deve iniciar um terceiro mandato consecutivo no país sul-americano no final da semana.

González, um ex-embaixador pouco conhecido antes de sua candidatura presidencial em 2024, tem realizado uma blitz diplomática nos dias que antecedem a posse presidencial da Venezuela, reunindo-se com o presidente dos EUA, Joe Biden, o argentino Javier Milei e o uruguaio Luis Lacalle Pou na última semana. Ele está agendado para viajar ao Panamá para se encontrar com o presidente José Raul Mulino na quarta-feira (8).

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