Líder da extrema direita de Portugal diz que vai proibir Lula de entrar no país

André Ventura, do partido Chega, disse que, caso chegue ao posto de primeiro-ministro, não permitirá a entrada do brasileiro para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, em 25 de abril

Roberto de Lira

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Às vésperas das eleições parlamentares de Portugal, marcadas para o próximo domingo (10), André Ventura, líder o partido de extrema-direita Chega, fez nesta quinta-feira (7) um duro ataque ao presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva. Em comício na cidade de Olhão, no Algarve, ele prometeu que, se o seu partido vencer as eleições, Lula “não vai entrar em Portugal” no dia 25 de abril.

Lula é um dos chefes-de-Estado convidados para a comemoração dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que em 1974 pôs um fim à ditadura liderada por Antônio Salazar. No ano passado, o presidente brasileiro esteve em Portugal na mesma data e chegou a discursar na Assembleia da República.

O líder do Chega aconselhou ao líder brasileiro “prudência na compra das passagens”. “Se for primeiro-ministro, o senhor Lula da Silva ficará no aeroporto. Se insistir, vai para uma cadeia”, ameaçou.

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Ventura estendeu a animosidade a Pedro Sánchez, chefe do Executivo espanhol, que “só entrará quando necessário, porque também não queremos que entre muitas vezes”.

O político de extrema direita disse ainda que “neste país, ainda mandamos nós e ainda escolhemos quem vem e quem não vem. Corruptos, já temos muitos. Não precisamos que venham mais de fora”, afirmou.

As eleições estão mostrando força dos partidos alinhados à direita. A última sondagem divulgada pelo jornal Público, apontou para liderança da Aliança Democrática (AD), com 29,3%, o que representa uma subida de cinco pontos percentuais ante a pesquisa de fevereiro.

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O Partido Socialista (PS) está com 23,3%, um ponto acima do levantamento anterior.

O Chega teria recuado um ponto percentual neste mês, de 16,5% para 15,6%, enquanto a Iniciativa Liberal (IL) avançou de 6,6% para 7,8%.

As lideranças da AD já negaram a intenção de fazer acordos como o Chega para conseguir montar maioria e governar. Somando com outras forças mais ao centro teria 37,1% das intenções de votos, contra 35,2% do PS e dos partidos menores de esquerda.

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