Kremlin diz que Zelensky comete “erro fatal” ao tentar forçar Rússia à paz

Zelensky disse ao Conselho de Segurança da ONU na terça-feira que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia não pode ser acalmada apenas com conversas e que Moscou deve ser forçada à paz

Reuters

O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov em São Petersburgo - 5/6/2024 (Foto: Sputnik/Vladimir Astapkovich/Pool via Reuters)
O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov em São Petersburgo - 5/6/2024 (Foto: Sputnik/Vladimir Astapkovich/Pool via Reuters)

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Moscou (Reuters) – O Kremlin disse nesta quarta-feira (25) que um plano do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para forçar a Rússia à paz foi um “erro fatal” que terá consequências para Kiev.

Zelensky disse ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia não pode ser acalmada apenas com conversas e que Moscou deve ser forçada à paz.

Em uma chamada com repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: “Essa posição é um erro fatal, um erro sistêmico. Trata-se de um profundo equívoco que inevitavelmente terá consequências para o regime de Kiev”.

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Peskov disse que a Rússia deseja a paz, mas não pode ser forçada, acrescentando: “Uma posição baseada em uma tentativa de forçar a Rússia à paz é um erro absolutamente fatal, porque é impossível forçar a Rússia à paz”.

Ele disse ainda que “a Rússia apoia a paz, mas com a condição de que as bases de sua segurança sejam garantidas”.

Putin disse em junho que a Rússia só acabaria com a guerra na Ucrânia se Kiev concordar em desistir de suas ambições de entrar para a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e entregar a totalidade de quatro regiões reivindicadas por Moscou, exigências que Kiev rejeitou como equivalentes à rendição.

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A Ucrânia e seus aliados ocidentais dizem que Putin deve ser impedido de vencer a guerra porque, se não for detido, ameaçará outros países vizinhos. Putin tem classificado o conflito como uma luta existencial para a Rússia, ao mesmo tempo em que nega que tenha interesse em expandir o conflito para outros países.