Kremlin diz que mudanças na política nuclear da Rússia são sinal para Ocidente

Perguntado se mudanças são sinal para o Ocidente, porta-voz do Kremlin declarou: "Isso deve ser considerado um sinal definitivo"

Reuters

Parada militar no centro de Moscou
 9/5/2022   REUTERS/Evgenia Novozhenina
Parada militar no centro de Moscou 9/5/2022 REUTERS/Evgenia Novozhenina

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O Kremlin disse na quinta-feira (26) que as mudanças na doutrina de armas nucleares da Rússia delineadas pelo presidente Vladimir Putin devem ser consideradas um sinal para os países ocidentais de que haverá consequências se eles participarem de ataques à Rússia.

Putin afirmou na quarta-feira (25) que a Rússia pode usar armas nucleares se for atingida por mísseis convencionais, e que Moscou consideraria qualquer ataque contra ela apoiado por uma potência nuclear como um ataque conjunto.

A decisão de mudar a doutrina nuclear oficial da Rússia é a resposta do Kremlin às deliberações de Estados Unidos e Reino Unido sobre a permissão ou não para que a Ucrânia dispare mísseis convencionais ocidentais contra a Rússia.

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que foram feitos ajustes em um documento chamado “Os fundamentos da política de Estado na esfera da dissuasão nuclear”.

Perguntado pelos repórteres se as mudanças são um sinal para o Ocidente, Peskov declarou: “Isso deve ser considerado um sinal definitivo”.

“Esse é um sinal que adverte esses países sobre as consequências se eles participarem de um ataque ao nosso país por vários meios, e não necessariamente nucleares”, disse Peskov.

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O mundo, afirmou Peskov, está testemunhando um “confronto sem precedentes” que, segundo ele, foi provocado pelo “envolvimento direto dos países ocidentais, incluindo potências nucleares” na guerra da Ucrânia.

Peskov disse que uma decisão sobre a publicação ou não dos documentos nucleares seria tomada em uma data posterior.

A atual doutrina nuclear publicada da Rússia, estabelecida em um decreto de 2020 por Putin, diz que a Rússia pode usar armas nucleares em caso de ataque nuclear por um inimigo ou um ataque convencional que ameace a existência do Estado.