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TÓQUIO (Reuters) – O Japão alertou na sexta-feira que a China corre o risco de aumentar a tensão com Taiwan com a intensificação dos exercícios militares que parecem ter como objetivo, em parte, preparar as forças de Pequim para uma possível invasão da ilha democraticamente governada.
A avaliação anual do Japão sobre as ameaças à segurança, incluindo as representadas pelas vizinhas China, Coreia do Norte e Rússia, ocorre no momento em que Taiwan monitora de perto os exercícios aéreos e marítimos chineses, incluindo um com um porta-aviões no Pacífico.
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“Devido a esse aumento na atividade militar, não podemos descartar a possibilidade de aumento das tensões”, disse o Japão pela primeira vez em seu Livro Branco de Defesa anual.
Os exercícios são os mais recentes de uma série que inclui manobras no Estreito de Taiwan no ano passado que, segundo um general sênior dos Estados Unidos, seriam fundamentais para qualquer invasão.
A advertência de Tóquio ocorre depois que os membros da Otan, reunidos em Washington nesta semana, descreveram a China como um “facilitador decisivo” da guerra da Rússia na Ucrânia e disseram que Pequim continua a representar desafios sistêmicos para a Europa e para a segurança. As falas provocaram uma resposta contundente de Pequim.
O Japão teme que qualquer conflito em Taiwan se espalhe para seu território.
O Japão também identificou a Rússia como uma preocupação, por causa de seus laços militares com a China e, mais recentemente, com a Coreia do Norte, que começou a fornecer projéteis de artilharia e outras munições para suas forças que lutam na Ucrânia.
Em junho, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um acordo com Kim Jong Un, da Coreia do Norte, que incluía um compromisso de defesa mútua pelo qual Moscou poderia oferecer ajuda militar a Pyongyang.