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Israel intensificou os ataques aéreos em Rafah durante a noite, matando pelo menos seis palestinos, informaram médicos nesta quinta-feira (25), após o país afirmar que retirará civis da cidade fronteiriça de Gaza e a invadirá, apesar dos alertas de aliados de que isso pode causar muitas vítimas.
No sétimo mês de uma devastadora guerra aérea e terrestre contra o grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, as forças israelenses também voltaram a bombardear as áreas norte e central do enclave, bem como o leste de Khan Younis, no sul.
Aviões de guerra israelenses bombardearam o norte pelo segundo dia na quarta-feira, quebrando semanas de calma no local, e Israel disse que estava avançando com os planos de um ataque total ao Hamas em Rafah, na fronteira sul com o Egito.
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A escalada das ameaças israelenses de invadir Rafah, o último refúgio para cerca de um milhão de civis que fugiram da força de Israel mais ao norte no início da guerra, fez com que algumas famílias partissem para a área costeira de al-Mawasi, nas proximidades, ou tentassem chegar a pontos mais ao norte, disseram moradores e testemunhas.
Mas o número de pessoas que saíram de Rafah permanecia pequeno, com muitas delas confusas sobre para onde deveriam ir, dizendo que sua experiência nos últimos 200 dias de guerra havia lhes ensinado que nenhum lugar era genuinamente seguro.
Mohammad Nasser, de 34 anos, pai de três filhos, disse que havia deixado Rafah há duas semanas e agora vivia em um abrigo em Deir Al-Balah, na região central de Gaza, para evitar ser pego de surpresa por uma invasão israelense e não conseguir escapar.
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“Fugimos de uma armadilha para outra, procurando lugares que Israel considera seguros antes de nos bombardearem. É como o jogo do rato e da armadilha”, disse ele à Reuters por meio de um aplicativo de bate-papo.
Médicos de Gaza e a imprensa do Hamas relataram cinco ataques aéreos israelenses em Rafah no início desta quinta-feira que atingiram pelo menos três casas, matando pelo menos seis pessoas, incluindo um jornalista local.
Enquanto isso, uma equipe de defesa civil palestina pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que investigue o que, segundo ela, foram crimes de guerra em um hospital de Gaza, dizendo que quase 400 corpos foram recuperados de valas comuns depois que os soldados israelenses deixaram o complexo em Khan Younis.
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Os militares israelenses disseram que as alegações das autoridades palestinas de que suas forças haviam enterrado os corpos eram “infundadas”.