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Israel escondeu material explosivo dentro de um lote de pagers fabricados em Taiwan e importados para o Líbano, de acordo com autoridades americanas e outras informadas sobre a operação. As informações são do jornal americano The New York Times.
Centenas de pagers explodiram ao mesmo tempo em todo o Líbano nesta terça-feira (17), em um ataque que aparentemente teve como alvo membros do Hezbollah. O Ministério da Saúde do Líbano informou que pelo menos 11 pessoas foram mortas, e mais de 4.000 ficaram feridas, com cerca de 400 em estado crítico
Os pagers, que o Hezbollah havia encomendado da empresa Gold Apollo em Taiwan, foram adulterados antes de chegarem ao Líbano. O material explosivo teria sido implantado ao lado da bateria em cada pager. Um interruptor também teria sido embutido, podendo ser acionado remotamente para detonar os explosivos.
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Às 15h30 do Líbano (9h30, no horário de Brasília), os pagers receberam uma mensagem que parecia vir da liderança do Hezbollah, segundo o jornal. Em vez disso, a mensagem ativou os explosivos. Os dispositivos foram programados para emitir um bipe por vários segundos antes de explodir, de acordo com três das autoridades.
No início deste ano, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, limitou o uso de celulares pelos membros do grupo, que ele via como cada vez mais vulneráveis à inteligência israelense.
O Hezbollah acusou Israel de orquestrar o ataque, assim como o governo do Líbano. Israel não comentou as explosões.