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O Exército de Israel classificou, nesta quarta-feira, seis palestinos em Gaza que trabalham como repórteres da Al Jazeera como membros dos grupos militantes Hamas e Jihad Islâmica, alegação que a rede do Qatar rejeita a aponta como uma tentativa de silenciar o seu trabalho jornalístico.
“A Al Jazeera condena as acusações israelenses contra seus jornalistas em Gaza e alerta contra (isto) ser uma justificativa para atacá-los”, disse a rede em comunicado.
O Exército israelense publicou documentos que diz ter encontrado em Gaza que supostamente provariam uma afiliação militar dos homens com os grupos alegados. A Reuters não pôde verificar imediatamente a autenticidade dos documentos.
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Segundo o Exército israelense, os papéis incluem listas do Hamas e da Jihad Islâmica com detalhes pessoais, salários e cursos de treinamento militar, listas telefônicas e relatórios de ferimentos.
“Esses documentos servem como prova da entrada de terroristas do Hamas dentro da rede de mídia Al Jazeera do Qatar”, afirmaram os israelenses.
A Al Jazeera declarou que “a rede vê essas acusações fabricadas como uma tentativa flagrante de silenciar os poucos jornalistas que restam na região, obscurecendo assim as duras realidades da guerra para o público em todo o mundo”.
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Há tempos Israel vem acusando a Al Jazeera de ser um porta-voz do Hamas e, no ano passado, suas autoridades ordenaram que ela encerrasse suas operações por motivos de segurança, invadiram seus escritórios e confiscaram equipamentos.
A Al Jazeera disse que as ações israelenses contra ela eram criminosas, draconianas e irresponsáveis e que as últimas alegações eram “parte de um padrão mais amplo de hostilidade” contra ela.
A rede afirma não ter nenhuma afiliação com grupos militantes e acusou as forças israelenses de matar deliberadamente vários de seus jornalistas na guerra de Gaza, incluindo Samer Abu Daqqa e Hamza AlDahdooh. Israel afirma que não tem jornalistas como alvo.
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O Catar criou a Al Jazeera em 1996 e vê a rede como uma forma de reforçar seu perfil global.
Juntamente com o Egito e os Estados Unidos, o país tem mediado as negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, embora as conversações estejam paralisadas por meses.