Irã diz que não quer escalada regional, mas precisa “punir” Israel

Fala foi emitida pelo Ministério das Relações Exteriores iraniano nesta segunda (05), após o assassinato do líder do Hamas, em Teerã, na semana passada

Reuters

Funeral do líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã
 1/8/2024    Divulgação via REUTERS
Funeral do líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã 1/8/2024 Divulgação via REUTERS

Publicidade

 O Irã não pretende aumentar as tensões regionais, mas acredita que precisa punir Israel para evitar mais instabilidade, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta segunda-feira (05), após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, na semana passada.

“O Irã busca estabelecer a estabilidade na região, mas isso só virá com a punição do agressor e a criação de dissuasão contra o aventureirismo do regime sionista (Israel)”, afirmou Nasser Kanaani, acrescentando que a ação de Teerã era inevitável.

Kanaani pediu aos Estados Unidos que parem de apoiar Israel, dizendo que a comunidade internacional fracassou em seu dever de salvaguardar a estabilidade na região e deveria apoiar a “punição do agressor”.

LISTA GRATUITA

Ações Fora do Radar

Garanta seu acesso gratuito a lista mensal de ações que entregou retornos 5x superior ao Ibovespa

O Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou embaixadores e chefes de missões residentes em Teerã para uma reunião com o ministro interino das Relações Exteriores, Ali Bagheri Kani, na segunda-feira, para reiterar a vontade do Irã de responder a Israel.

Uma reunião de emergência da Organização de Cooperação Islâmica será realizada na quarta-feira, a pedido do Irã, para discutir o assassinato de Haniyeh e a resposta do Irã, segundo Kanaani.

Teerã e grupos alinhados ao Irã, como o Hamas e o Hezbollah, acusaram Israel de matar Haniyeh em 31 de julho na capital iraniana. Sua morte foi uma de uma série de assassinatos de figuras importantes do Hamas, no momento em que a guerra em Gaza entre o Hamas e Israel se aproxima do 11º mês.

Continua depois da publicidade

Autoridades israelenses não reivindicaram a responsabilidade.

Na segunda-feira, o comandante supremo do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, Hossein Salami, repetiu a ameaça do grupo de elite de que Israel “receberá punição no devido tempo”.