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Por Jason Lange
WASHINGTON (Reuters) – O índice de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caiu ligeiramente nos últimos dias, uma vez que mais norte-americanos estão preocupados com os rumos da economia, à medida que o novo chefe do Executivo realiza uma série de ameaças tarifárias, segundo uma pesquisa da Reuters/Ipsos.
A pesquisa de seis dias, encerrada na terça-feira (18), mostrou que 44% dos entrevistados aprovam o trabalho que Trump está fazendo como presidente, abaixo dos 45% de uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada de 24 a 26 de janeiro.
O índice de aprovação de Trump estava em 47% em uma pesquisa de 20 e 21 de janeiro realizada nas horas seguintes ao retorno do republicano à Casa Branca.
A parcela de norte-americanos que desaprovam sua Presidência aumentou de forma mais substancial, chegando a 51% na última pesquisa, em comparação com 41% logo após sua posse.
Trump tem uma taxa relativamente alta de aprovação em sua política de imigração, com 47% dos entrevistados apoiando sua abordagem, que inclui promessas de aumentar as deportações de imigrantes que estão no país ilegalmente. Essa porcentagem não mudou muito em relação a janeiro.
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Mas a parcela de norte-americanos que acha que a economia está no caminho errado subiu de 43% na pesquisa de 24 a 26 de janeiro para 53% no mais recente levantamento. A aprovação da gestão econômica de Trump caiu para 39%, de 43% na pesquisa anterior.
Um dos pilares da força política de Trump tem sido a crença de que suas políticas serão boas para a economia, e sua avaliação sobre a economia continua significativamente mais alta do que as leituras finais de seu antecessor, Joe Biden, que encerrou seu mandato com um índice de aprovação de 34% sobre a economia.
Mas a avaliação de Trump em relação à economia está bem abaixo dos 53% que ele tinha na pesquisa Reuters/Ipsos realizada em fevereiro de 2017, o primeiro mês completo de seu primeiro mandato como presidente dos EUA.
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Na última pesquisa, apenas 32% dos entrevistados aprovaram o desempenho de Trump em relação à inflação, um possível sinal inicial de decepção com seu desempenho em uma questão econômica central, depois que vários anos de aumento de preços enfraqueceram Biden antes da eleição presidencial do ano passado.
Um relatório recente do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que os preços ao consumidor tiveram o maior aumento em quase um ano e meio em janeiro, com os norte-americanos enfrentando custos mais altos para uma série de bens e serviços.
Outros dados econômicos mostraram que as famílias norte-americanas esperam que a inflação aumente após o anúncio de Trump, em 1º de fevereiro, de tarifas elevadas sobre as importações de China, México e Canadá.
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Cerca de 54% dos entrevistados disseram que se opõem a novas tarifas sobre produtos importados de outros países, enquanto 41% disseram que são favoráveis. O aumento das tarifas sobre produtos chineses teve níveis mais altos de apoio, com 49% a favor e 47% contra.
A pesquisa Reuters/Ipsos, realizada on-line, entrevistou 4.145 adultos norte-americanos em todo o país e tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais em qualquer direção.