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Um tribunal de Hong Kong, sob controle da China, condenou nesta quinta-feira um serviço de notícias online que já foi extinto e dois de seus ex-editores por conspiração para publicar artigos sediciosos, nas primeira condenações desse tipo desde a adoção de uma nova lei de segurança nacional na cidade há quatro anos.
O Tribunal Distrital considerou que o Stand News era uma plataforma usada para fomentar o ódio contra Pequim e que o editor Chung Pui-kuen, de 54 anos, e o editor interino Patrick Lam Shiu-tung, de 36 anos, aprovaram conscientemente 11 artigos considerados ilegais ou foram imprudentes sobre as consequências de suas ações.
O Stand News fez uma cobertura ativa dos protestos pela democracia que varreram a cidade em 2019, com seu repórteres enfrentando muitas vezes ataques com spray de pimenta e gás lacrimogêneo para documentar as manifestações.
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O The Wall Street Journal lembra que o site acabou até por documentar sua própria extinção. Quando polícia foi até sua sede em 2021 para prender jornalistas, um deles ligou sua câmera de vídeo e começou a transmitir sua conversa com os policiais na porta. As autoridade invadiram o prédio e cortaram a transmissão, levando-o sob custódia.
O juiz Kwok Wai-kin também condenou a holding do Stand News, Best Pencil HK, com base no fato de que sua “intenção criminosa” se manifestou por meio das decisões editoriais do serviço do portal. O tribunal também considerou ainda que o cofundador da Stand News, Tony Tsoi Tung-ho, que não era réu no julgamento, responsável por conspirar para publicar artigos sediciosos no popular site.
Segundo o jornal The South China Morning Post, o Stand News é o primeiro meio de comunicação a ser acusado de sedição desde que o jornal pró-Pequim Ta Kung Pao publicou uma reportagem difamando o governo colonial britânico em 1952.