Hamas liberta as primeiras três reféns previstas no acordo de cessar-fogo com Israel

As três mulheres estão a caminho de um base do Exército nos arredores de Gaza, onde se reunirão com suas famílias e passarão por tratamento médico

Estadão Conteúdo

Soldados israelenses e membros da Cruz Vermelha se reúnem perto da prisão militar israelense, Ofer, no dia em que Israel libera prisioneiros palestinos como parte de uma troca de reféns-prisioneiros e de um acordo de cessar-fogo em Gaza entre Hamas e Israel, próximo a Ramallah, na Cisjordânia ocupada por Israel, em 19 de janeiro de 2025. REUTERS/Sinan Abu Mayzer
Soldados israelenses e membros da Cruz Vermelha se reúnem perto da prisão militar israelense, Ofer, no dia em que Israel libera prisioneiros palestinos como parte de uma troca de reféns-prisioneiros e de um acordo de cessar-fogo em Gaza entre Hamas e Israel, próximo a Ramallah, na Cisjordânia ocupada por Israel, em 19 de janeiro de 2025. REUTERS/Sinan Abu Mayzer

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Equipes da Cruz Vermelha receberam em uma praça da Faixa de Gaza as três primeiras reféns libertadas pelo grupo terrorista Hamas neste domingo, 19, conforme o acordo de cessar-fogo assinado com o governo de Israel. São elas Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher. Ao todo, 33 reféns devem ser libertados na primeira fase do acordo.

As três mulheres estão a caminho de um base do Exército nos arredores de Gaza, onde se reunirão com suas famílias e passarão por tratamento médico. Em Tel-Aviv, houve gritos e comemorações na praça dos reféns quando a soltura foi confirmada. Elas foram as primeiras reféns a voltar para a liberdade desde um acordo inicial costurado por Israel e Hamas no fim de 2023.

A trégua, que começou com um atraso de quase três horas porque o Hamas demorou em divulgar o nome das reféns que seriam libertadas, está sendo respeitada. Caminhões de ajuda humanitária estão entrando em Gaza pela fronteira com o Egito e cerca de 90 prisioneiros palestinos devem ser libertados hoje na Cisjordânia por Israel, a maioria mulheres e crianças.

O conflito se arrasta há 15 meses, desde 7 de outubro de 2023, quando um ataque do Hamas matou cerca de 1,2 mil pessoas e rendeu 251 reféns. Desde o início da ofensiva israelense contra os terroristas, mais de 46 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que não distingue civis de combatentes.

O governo de Netanyahu aprovou o acordo na madrugada do sábado, 18, horário local, após reunião que durou horas, ultrapassando o início do Sabbat (sábado judaico), em que o governo geralmente interrompe todas as atividades, exceto em casos de emergência.

Mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, o cessar-fogo é a segunda trégua no conflito e teve a aprovação de 24 ministros israelenses e oito votos contrários.