Hamas diz aceitar acordo de cessar-fogo proposto pelo Egito, mas sem apoio de Israel

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse hoje que concorda com acordo, sem dar detalhes, mas autoridades de Israel não vão endossar nenhum acordo que não inclua a libertação dos reféns em poder de extremistas

Equipe InfoMoney

O líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã (Majid Asgaripour/WANA via Reuters)
O líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã (Majid Asgaripour/WANA via Reuters)

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O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse ao primeiro-ministro do Catar, Mohammad bin Abdulrahman Al Thani, e ao chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel, que o grupo aceita seus termos para um cessar-fogo com Israel, de acordo com um anúncio oficial do Hamas. Mas como os termos não foram divulgados e Israel já teria comunicado que não aceita qualquer proposta “suavizada” que não inclua a libertação dos reféns em poder dos extremistas desde outubro de 2023.

No último sábado, os meios de comunicação israelenses também noticiaram que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu negou que tivesse dado poderes aos mediadores para emitir garantias de fim da guerra. Assim, a proposta que teria sido feita unilateralmente pelo Egito não estaria sendo levada a sério em Jerusalém sem que os detalhes sejam esclarecidos.

O jornal The Times of Israel lembrou nesta segunda-feira que mediadores americanos, egípcios e qatarianos têm negociado com o Hamas nos últimos dias uma proposta em três fases, essa com luz verde de Israel.

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A proposta não foi publicada, mas prevê, numa primeira fase, que 33 reféns vivos – mulheres, crianças, idosos e doentes – sejam libertados durante uma trégua de 40 dias, em troca de centenas de prisioneiros palestinos.

De acordo com o texto relatado da oferta, as negociações indiretas entre Israel e o Hamas começariam novamente no 16º dia da trégua, para estabelecer um acordo para restaurar a calma sustentável em Gaza durante a segunda e terceira etapas do acordo.

Na segunda fase, todos os prisioneiros vivos restantes seriam libertados durante uma trégua adicional de 42 dias, em troca de centenas de outros prisioneiros, e as forças de segurança de Israel (IDF, na sigla em inglês) se retirariam então de Gaza.

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A terceira e última etapa do acordo, que duraria novamente 42 dias, o Hamas seria obrigado a entregar os corpos daqueles que foram mortos em 7 de outubro ou morreram em cativeiro, em troca de corpos de prisioneiros palestinos que morreram sob custódia israelense.

A reabilitação da Faixa de Gaza começaria durante a primeira fase do acordo, começando com a restauração das estradas, eletricidade, água, saneamento e infraestrutura de comunicação.

Os preparativos para um plano de reconstrução de 5 anos para as casas e infraestruturas civis de Gaza seriam concluídos durante a segunda fase do acordo, e a construção começaria na terceira fase.