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Grupos militantes palestinos em Gaza disseram que libertarão os reféns Iair Horn, o israelense-americano Sagui Dekel-Chen e o russo-israelense Alexandre Sasha Troufanov no sábado, de acordo com os termos do cessar-fogo com Israel.
O anúncio, após dias de incertezas sobre a manutenção do cessar-fogo acordado no mês passado, seguiu-se aos intensos esforços dos mediadores de Egito e Catar para manter o acordo apoiado pelos Estados Unidos.
Uma nota do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que Israel aceitou a lista, mas isso foi corrigido mais tarde para dizer que Israel havia recebido a lista, o que, segundo o país, é uma “descrição puramente factual” que não refletia qualquer abordagem israelense sobre a questão.
O Hamas afirmou que Israel deve libertar 369 prisioneiros e detentos palestinos em troca.
Todos os três reféns que serão libertados no sábado foram capturados no Kibbutz Nir Oz, uma das comunidades ao redor da Faixa de Gaza que foi invadida por homens armados do Hamas em 7 de outubro de 2023. O irmão de Iair Horn, Eitan, foi capturado na mesma ocasião e permanece em cativeiro.
O Hamas ameaçou não libertar mais reféns depois de acusar Israel de violar os termos do cessar-fogo ao bloquear a entrada de ajuda em Gaza, atraindo contra-ameaças de retomada dos combates por parte de Israel.
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Mesmo antes da ameaça do Hamas de não prosseguir com a libertação dos reféns, os israelenses ficaram indignados com a aparência emagrecida dos três reféns libertados na semana passada e com a exibição pública diante de uma multidão em Gaza quando eles foram entregues aos funcionários da Cruz Vermelha.
No mês passado, o Hamas concordou em entregar 33 reféns israelenses, incluindo mulheres, crianças e homens idosos, em troca de centenas de prisioneiros e detentos palestinos, durante uma trégua de 42 dias em que as forças israelenses recuariam de algumas de suas posições em Gaza.
A trégua busca abrir caminho para uma segunda fase de negociações para devolver os reféns restantes e concluir a retirada das forças israelenses antes do fim definitivo da guerra e da reconstrução de Gaza.
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As dúvidas sobre se o acordo seria mantido aumentaram muito depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu que os palestinos fossem retirados permanentemente de Gaza e que o enclave fosse entregue aos Estados Unidos para ser reconstruído.
O pedido foi rejeitado por grupos palestinos e países do mundo árabe e rotulado como “limpeza étnica” por críticos, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.