Greve em portos dos EUA acaba após pressão da Casa Branca e nova oferta salarial

Acordo provisório é para um aumento salarial de cerca de 62% em seis anos; ao menos 45 navios porta-contêineres que não conseguiram descarregar estavam ancorados fora dos 36 portos que sofreram com a gerve

Roberto de Lira

Contêineres empilhados no Terminal Marítimo de Portsmouth, enquanto trabalhadores portuários participam de greve 01/10/2024 (Foto: Jose Luis Gonzalez/Reuters)
Contêineres empilhados no Terminal Marítimo de Portsmouth, enquanto trabalhadores portuários participam de greve 01/10/2024 (Foto: Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Estivadores e outros operadores portuários dos Estados Unidos entraram em acordo com os empregadores e encerraram na quinta-feira (3) uma greve de três dias que interrompeu o transporte marítimo na Costa Leste e na Costa do Golfo.

Segundo informações da Reuters junto a duas fontes próxima da negociação, o acordo provisório é para um aumento salarial de cerca de 62% em seis anos. Isso aumentaria os salários médios para cerca de US$ 63 por hora, dos US$ 39 anteriores.

O acordo encerra uma greve que fechou portos de contêineres do Maine ao Texas e ameaçou interromper tudo, desde o fornecimento de bananas nos supermercados até o fluxo de carros nas fábricas americanas.

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O The Wall Street Journal destacou que a nova oferta, maior que o aumento proposto anteriormente de 50%, veio depois que a Casa Branca pressionou de forma privada e publicamente uma nova proposta das grandes companhias de navegação e operadores de terminais de carga.

O presidente Biden aplaudiu o acordo, dizendo em um comunicado que “a negociação coletiva funciona e é fundamental para construir uma economia mais forte do meio para fora e de baixo para cima”.

Pelo menos 45 navios porta-contêineres que não conseguiram descarregar estavam ancorados fora dos 36 portos – incluindo Nova York, Baltimore e Houston – que lidam com uma variedade de mercadorias em contêineres.

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Economistas disseram que o fechamento de portos não aumentaria inicialmente a inflação ao consumidor porque as empresas aceleraram os embarques de bens essenciais nos últimos meses. No entanto, uma paralisação prolongada teria acabado sendo filtrada, com os preços dos alimentos provavelmente reagindo primeiro, de acordo com economistas do Morgan Stanley.

(Com Reuters)