Governo australiano responde Musk após ser chamado de “fascista”

Premiê Anthony Albanese disse neste sábado (14) que redes sociais exigem “responsabilidade social”

Augusto Diniz

Elon Musk, CEO da SpaceX e Tesla e proprietário da X. (Foto: REUTERS/David Swanson)
Elon Musk, CEO da SpaceX e Tesla e proprietário da X. (Foto: REUTERS/David Swanson)

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Elon Musk, controlador do X (antigo Twitter), havia chamado nesta sexta (13) o governo de centro-esquerda da Austrália de “fascista”, por conta de uma legislação proposta pelo governo para aplicar multas às empresas de rede social que não conseguirem impedir a disseminação de desinformação pelas plataformas online.

Neste sábado (14), o governo, por meio do premier Anthony Albanese, respondeu ao ataque do bilionário. A autoridade disse que as redes sociais têm uma “responsabilidade social” a cumprir e que “se o senhor Musk não entende isso, diz mais sobre ele próprio do que sobre o governo”.

Multa de 5% do faturamento

O projeto do governo australiano, apresentado na quinta (12), prevê multar as plataformas de Internet em até 5% de seu faturamento anual com as redes sociais ao não cumprirem determinação contra a desinformação.

No mesmo dia de críticas de Elon Musk ao projeto, o ministro de Serviços Governamentais da Austrália, Bill Shorten, tinha se manifestado, dizendo que quando se trata de seus interesses, o bilionário é “defensor da liberdade de expressão”. 

Kama Sutra

Nas palavras de Shorten, em entrevista à emissora australiana Channel Nine, “Elon Musk teve mais posições sobre liberdade de expressão do que o Kama Sutra”.

O ministro das Finanças da Austrália, Stephen Jones, também respondeu Musk, dessa vez pela emissora ABC. “Não consigo entender como Elon Musk ou qualquer outra pessoa, em nome da liberdade de expressão, achar que está tudo bem ter plataformas de mídia social publicando conteúdo fraudulento”, comentou, segundo informações da agência alemã Deutsche Welle.

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O ministro das Comunicações da Austrália, Michelle Rowland, foi outra autoridade que se manifestou e disse que as empresas que operam na Austrália têm que cumprir as leis australianas. “Esse projeto de lei melhora a transparência e a responsabilidade das plataformas”, afirmou.