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(Reuters) – Os gastos militares globais cresceram 7%, chegando a US$ 2,43 trilhões em 2023, o maior aumento anual desde 2009, à medida que a paz e a segurança internacionais se deterioraram, disse um instituto nesta segunda-feira (22).
O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) afirmou em um comunicado que Estados Unidos, China e Rússia foram os que mais gastaram em 2023.
Nan Tian, pesquisador sênior do Programa de Gastos Militares e Produção de Armas do Sipri, declarou: “Os Estados estão priorizando a força militar, mas correm o risco de uma espiral de ação-reação no cenário geopolítico e de segurança cada vez mais volátil”.
O Sipri disse que a Rússia aumentou os gastos em 24%, para um valor estimado de US$ 109 bilhões. A Ucrânia aumentou os gastos em 51%, chegando a US$ 65 bilhões, e recebeu pelo menos US$ 35 bilhões em ajuda militar de outros países.
“Combinados, essa ajuda e os gastos militares da própria Ucrânia foram equivalentes a cerca de 91% dos gastos russos”, disse o instituto.
Segundo o Sipri, os gastos dos países membros da Otan totalizaram 55% dos gastos mundiais. “Para os países europeus da Otan, os últimos dois anos de guerra na Ucrânia mudaram fundamentalmente a perspectiva de segurança”, disse o pesquisador Lorenzo Scarazzato.
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“Essa mudança na percepção das ameaças se reflete no aumento da parcela do PIB direcionada aos gastos militares, com a meta da Otan de 2% sendo vista cada vez mais como uma linha de base e não como um limite a ser alcançado.”
Os países membros da Otan devem reservar pelo menos 2% do Produto Interno Bruto para gastos com defesa da aliança.
O Sipri disse que a maioria dos membros europeus da Otan aumentou esses gastos. Os EUA aumentaram em 2%, para US$ 916 bilhões, o que representa cerca de dois terços do total de gastos militares da Otan.
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As alterações percentuais são expressas em termos reais, a preços constantes de 2022, acrescentou o Sipri.