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MUNIQUE/PARIS (Reuters) – A França disse no domingo que sediará uma cúpula de líderes europeus na segunda-feira para discutir a guerra na Ucrânia e a segurança europeia, conforme o continente tenta dar uma resposta concreta à abordagem unilateral do presidente dos EUA, Donald Trump, ao conflito.
O enviado de Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, disse no sábado que a Europa não teria um assento à mesa para as negociações de paz na Ucrânia depois que Washington enviou um questionário às capitais europeias para perguntar o que elas poderiam contribuir para as garantias de segurança de Kiev.
“(Macron) convocará os principais países europeus para discutir a segurança europeia”, disse o ministro das Relações Exteriores Jean-Noel Barrot à rádio France Inter, acrescentando que a reunião será uma sessão de trabalho que não deve ser “dramatizada”.
Dezenas de cúpulas semelhantes mostraram que a Europa está hesitante, às vezes desunida e politicamente fraca, e lutando para elaborar um plano coeso para acabar com a guerra na Ucrânia e lidar com a Rússia, três anos após a invasão de Moscou ao seu vizinho.
A presidência francesa não anunciou a reunião, embora convites tenham sido enviados para que a cúpula ocorra na tarde de segunda-feira, disseram diplomatas.
Seis diplomatas europeus disseram que convites foram enviados pelo menos para Reino Unido, Alemanha, Polônia, Itália, Dinamarca, que representaria os países bálticos e escandinavos, a liderança da União Europeia e o secretário-geral da Otan.
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O chanceler alemão, Olaf Scholz, participará da cúpula, disseram fontes do governo alemão à Reuters, assim como o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, informou um parlamentar da Polônia.
Eles disseram que o objetivo da reunião é ver que ajuda imediata pode ser dada à Ucrânia, que papel concreto a Europa pode desempenhar no fornecimento de garantias de segurança para Kiev e como fortalecer a segurança coletiva da Europa.
Não ficou claro se algo de concreto resultará dessa reunião, disseram eles.
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(Reportagem de John Irish, Sudip Kar-Gupta e Andreas Rinke; reportagem adicional de Ludwig Burger)