Forças israelenses dizem ter matado comandante local do Hamas na Cisjordânia

Wassem Haze era o chefe do Hamas em Jenin, segundo militares de Israel

Reuters

Soldados israelenses em Tulkarm, na Cisjordânia
 29/8/2024    REUTERS/Mohammed Torokman
Soldados israelenses em Tulkarm, na Cisjordânia 29/8/2024 REUTERS/Mohammed Torokman

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As forças israelenses mataram um comandante local do movimento islâmico Hamas na cidade de Jenin, nesta sexta-feira (30), enquanto realizavam uma grande operação na Cisjordânia ocupada pelo terceiro dia, informaram as Forças Armadas de Israel.

Os militares disseram que as forças da Polícia de Fronteira mataram Wassem Hazem, que, segundo eles, era o chefe do Hamas em Jenin e estava envolvido em ataques com tiros e bombas no território palestino.

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Dois outros homens armados do Hamas, que tentaram escapar do carro em que estavam, foram mortos por um drone, segundo o relato. Armas, explosivos e grandes somas de dinheiro foram encontrados no veículo, informaram os militares. Não houve comentário imediato do Hamas.

No vilarejo de Zababdeh, nos arredores de Jenin, um carro queimado e cheio de buracos de bala estava encostado em uma parede onde o motorista bateu o veículo depois de ser perseguido por uma unidade das forças especiais israelenses, disseram os moradores.

O morador Saif Ghannam, de 25 anos, afirmou que um dos outros dois homens que escaparam do veículo foi morto do lado de fora de sua casa por um pequeno ataque de drone que quebrou as janelas, enquanto um segundo homem foi morto a uma curta distância.

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Ghannam contou que as forças israelenses removeram os corpos, mas grandes poças de sangue estavam no chão, onde ele disse que os homens foram mortos.

O incidente ocorreu enquanto as forças israelenses mantinham uma operação de larga escala envolvendo centenas de soldados e policiais, lançada nas primeiras horas da manhã de quarta-feira em Jenin e Tulkarm, outra cidade volátil no norte da Cisjordânia, bem como no Vale do Jordão.

Os veículos blindados de transporte de pessoal israelenses, apoiados por helicópteros e drones, entraram em Jenin e Tulkarm na sexta-feira, enquanto escavadeiras blindadas passavam para destruir as bombas de beira de estrada plantadas pelos grupos militantes.

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A escalada das hostilidades na Cisjordânia ocorre no momento em que os combates entre as forças israelenses e os militantes do Hamas ainda ocorrem na Faixa de Gaza, quase 11 meses após seu início, e os confrontos com o movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, na área de fronteira entre Israel e Líbano se intensificaram.

Nos dois primeiros dias da operação na Cisjordânia, pelo menos 17 palestinos foram mortos, incluindo o comandante local das forças da Jihad Islâmica, apoiadas pelo Irã, em Tulkarm.

Desde o ataque do Hamas a Israel, em outubro passado, que desencadeou a guerra de Gaza, mais de 660 palestinos – combatentes e civis – foram mortos na Cisjordânia, de acordo com os registros palestinos, alguns por tropas israelenses e outros por colonos judeus que realizam ataques frequentes às comunidades palestinas da Cisjordânia.

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Israel afirma que o Irã fornece armas e apoio a facções militantes na Cisjordânia – sob ocupação israelense desde a guerra de 1967 no Oriente Médio – e, como resultado, os militares intensificaram suas operações no local.

O governo britânico disse na sexta-feira que está “profundamente preocupado” com a operação de Israel na Cisjordânia e que há necessidade urgente de diminuir a violência.

“Reconhecemos a necessidade de Israel de se defender contra ameaças à segurança, mas estamos profundamente preocupados com os métodos que Israel tem empregado e com os relatos de vítimas civis e da destruição da infraestrutura civil”, informou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.