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WASHINGTON (Reuters) – O Fundo Monetário Internacional disse nesta quinta-feira que está acompanhando de perto os acontecimentos nos Estados Unidos, incluindo medidas do governo Trump para suspender ajuda externa e impor tarifas sobre a China, mas que é cedo demais para oferecer avaliações claras sobre o impacto.
A instituição global tem alertado países repetidamente de que medidas protecionistas, restrições comerciais e aumento da incerteza podem prejudicar o crescimento global, mas a porta-voz do FMI, Julie Kozack, disse que o impacto das tarifas norte-americanas já anunciadas e de outras medidas dependerá das reações de outros países e consumidores, além de outros desdobramentos comerciais.
Questionada sobre as propostas da agenda do Projeto 2025, redigidas por alguns dos principais membros do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, que pedem que os EUA se retirem do Fundo, Kozack disse que o FMI tem um longo histórico de trabalho com os sucessivos governos norte-americanos e que espera dar continuidade a esse trabalho com o maior acionista do FMI.
“Somos uma instituição global. Temos um mandato claramente definido para apoiar a estabilidade econômica e financeira globalmente e, em última instância, apoiar o crescimento e o desenvolvimento da economia mundial”, disse Kozack.
“Como instituição, continuamos a nos concentrar, é claro, nesse mandato. E nós, como instituição global, levamos muito a sério nossa responsabilidade de servir nossos membros.”
No mês passado, o FMI elevou sua previsão para o crescimento global em 2025 em um décimo de ponto percentual, para 3,3%, com um crescimento mais forte do que o esperado nos EUA compensando revisões para baixo na Alemanha, França e outras grandes economias.
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A instituição tem sido cautelosa em qualquer declaração sobre a imposição de tarifas por Trump, sobre um decreto para congelar a maior parte da ajuda externa dos EUA e sobre a atuação do bilionário Elon Musk, que acusou falsamente a USAID de ser uma organização “criminosa”, para reduzir a agência.