Família se diz “aliviada” após pé de alpinista de 1924 ser encontrado no Everest

Pé, bota e meia que acreditam-se pertencer a Sandy Irvine, que desapareceu em uma expedição em 1924, foram descobertos em uma geleira

Equipe InfoMoney

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Os restos mortais de Andrew “Sandy” Irvine podem ter sido encontrados nas encostas do Monte Everest, um século após sua morte ao lado do colega alpinista britânico George Mallory, enquanto tentavam – ou possivelmente retornavam de – a primeira escalada ao topo da montanha.

Os dois alpinistas foram vistos pela última vez tentando alcançar o cume em 8 de junho de 1924. Eles nunca retornaram, dando origem a um dos mistérios mais duradouros da montanha – se a dupla morreu antes ou depois de chegar ao topo, como acreditavam os membros de sua equipe.

(Reprodução/Instagram/@jimmychin)

Os restos mortais de Mallory foram encontrados em 1999, e no mês passado, uma equipe de alpinistas e cineastas descobriu um pé dentro de uma bota de escalada e meia – na qual estava costurada uma etiqueta identificando-a como sendo de Irvine.

“Levantei a meia e havia uma etiqueta vermelha com ‘AC Irvine’ costurada nela”, disse o alpinista e diretor de cinema Jimmy Chin à revista National Geographic.

(Reprodução/Instagram/@jimmychin)

Apesar de a descoberta do corpo de Mallory, marcada por profundas marcas de corda que podem indicar uma queda, ter respondido a algumas perguntas sobre as circunstâncias das mortes, ela deixou muitas outras sem resposta.

Uma fotografia da esposa de Mallory, que ele pretendia deixar no cume do Everest, não foi encontrada com seu corpo – indicando que eles podem ter atingido seu objetivo.

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Andrew “Sandy” Irvine (Reprodução/Instagram/@jimmychin)

Acredita-se que Irvine, que tinha 22 anos, estava carregando uma câmera Kodak, que alguns esperavam que pudesse resolver a questão de uma vez por todas, mas nem o objeto nem o resto de seu corpo foram encontrados.

O pé foi encontrado em uma geleira abaixo da face norte do Everest, a uma altitude mais baixa do que o corpo de Mallory.

Demoraria mais 29 anos até que Edmund Hillary e Tenzing Norgay fizessem a primeira escalada reconhecida ao cume do Everest, em 1953.

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“Quando Jimmy me disse que viu o nome ‘AC Irvine’ na etiqueta da meia dentro da bota, me emocionei e fui às lágrimas. Foi e continuará sendo um momento extraordinário e comovente”, disse Julie Summers, sobrinha-neta e biógrafa de Irvine.