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O Hamas entregou o corpo da refém israelense Shiri Bibas, cuja identificação incorreta nesta semana ameaçou o frágil acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. De acordo com a Reuters, a identificação do corpo foi confirmada pela família de Bibas e divulgada pela rádio do exército israelense, com a confirmação realizada pelo Instituto de Medicina Forense de Israel.
“Ontem à noite, nossa Shiri voltou para casa”, disse a família de Shiri Bibas em um comunicado.
O corpo de Shiri Bibas foi entregue à Cruz Vermelha em um caixão na sexta-feira (21), um dia após o Hamas ter enviado um corpo que não correspondia ao dela. Esse erro provocou uma forte reação do governo de Israel, que ameaçou suspender o acordo de cessar-fogo vigente desde janeiro, que prevê a libertação de reféns pelo Hamas.
Na quinta-feira, a falha em entregar o corpo correto e o evento público organizado para a entrega dos quatro caixões causaram consternação em Israel, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou retaliar.
“Agiremos com determinação para trazer Shiri de volta para casa ao lado de todos os nossos reféns — vivos ou mortos — e assegurar que o Hamas pague todo o preço pela sua cruel e má violação do acordo”, disse ele em vídeo.
Em novembro de 2023, o Hamas afirmou que as crianças e sua mãe foram mortas em um ataque aéreo israelense. Ismail Al-Thawabta, diretor do escritório de mídia do governo da Faixa de Gaza, gerido pelo Hamas, disse que Netanyahu “tem total responsabilidade por matá-la e a seus filhos”.
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Militares israelenses dizem, em contrapartida, que avaliações de inteligência e análises forenses dos corpos das crianças Bibas indicam que elas foram deliberadamente mortas por seus sequestradores. O porta-voz chefe militar, Daniel Hagari, disse que os meninos foram mortos pelos militantes “com suas próprias mãos”, mas não forneceu detalhes adicionais.
O Escritório de Diretos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou não ter informações próprias sobre as mortes e pediu uma investigação quanto às causas. “O retorno dos restos mortais é uma meta humanitária básica”, afirmou.
Seis reféns vivos devem ser soltos neste sábado, em troca de 602 prisioneiros palestinos, segundo o Hamas. Espera-se para os próximos dias o início das negociações para a segunda fase do cessar-fogo.
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Reportagem com informações da Reuters