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Moscou (Reuters) – O Kremlin disse nesta terça-feira (17) que uma ordem do presidente Vladimir Putin para transformar o Exército russo no segundo maior do mundo é necessária para enfrentar as crescentes ameaças nas fronteiras ocidentais da Rússia e a instabilidade no leste.
Putin ordenou na segunda-feira que o tamanho regular do Exército russo seja aumentado em 180.000 soldados para 1,5 milhão de militares ativos, em uma medida que o tornaria o segundo maior do mundo, depois do Exército chinês.
“Isso se deve ao número de ameaças que existem ao nosso país ao longo do perímetro de nossas fronteiras”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres em uma teleconferência.
“Isso é causado pelo ambiente extremamente hostil em nossas fronteiras ocidentais e pela instabilidade em nossas fronteiras orientais. Isso exige que medidas apropriadas sejam tomadas.”
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De acordo com dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), um importante think tank militar, esse aumento faria com que a Rússia ultrapassasse os Estados Unidos e a Índia em termos de número de soldados de combate ativos que tem à sua disposição e ficasse atrás apenas da China em tamanho.
A medida, a terceira vez que Putin aumenta as fileiras do Exército desde que enviou seus militares para a Ucrânia em fevereiro de 2022, ocorre enquanto as forças russas avançam no leste da Ucrânia em partes de uma vasta linha de frente de 1.000 km e tentam expulsar as forças ucranianas da região russa de Kursk.
Andrei Kartapolov, presidente do comitê de defesa da câmara baixa do Parlamento russo, disse na segunda-feira que parte da justificativa para a expansão era a criação de novas estruturas e unidades militares para melhorar a segurança no noroeste da Rússia, depois que a vizinha Finlândia aderiu à aliança da Otan.
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A Rússia também expressou preocupação com o que descreve como a crescente militarização do Japão apoiada pelos EUA e os possíveis planos de instalar mísseis norte-americanos lá.