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Mediadores norte-americanos estão trabalhando em uma proposta para reduzir as hostilidades entre os militares de Israel e o grupo armado libanês Hezbollah, começando com um cessar-fogo de 60 dias, disseram duas fontes com conhecimento das negociações à Reuters na quarta-feira (30).
As fontes – uma pessoa informada sobre as negociações e um diplomata sênior que trabalha no Líbano – disseram que o período de dois meses seria usado para finalizar a implementação completa da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, adotada em 2006 para manter o sul do Líbano livre de armas que não pertencem ao Estado libanês.
A Embaixada dos EUA no Líbano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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A Resolução 1701 tem sido o núcleo das conversações para pôr fim ao último ano de combates entre Israel e o Hezbollah que eclodiram paralelamente à guerra em Gaza e aumentaram drasticamente nas últimas cinco semanas.
O enviado presidencial dos EUA Amos Hochstein, que está trabalhando na nova proposta, afirmou a repórteres em Beirute neste mês que eram necessários melhores mecanismos de aplicação, já que nem Israel nem o Líbano haviam implementado totalmente a resolução.
O diplomata sênior e a fonte informada sobre as negociações disseram à Reuters que a trégua de 60 dias substituiu uma proposta feita no mês passado pelos Estados Unidos e outros países, que previa um cessar-fogo de 21 dias como um prelúdio para que a resolução 1701 entrasse em vigor.
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Ambos, no entanto, advertiram que o acordo ainda pode fracassar. “Há um esforço sério para se chegar a um cessar-fogo, mas ainda é difícil que ele se concretize”, declarou o diplomata.
A pessoa informada sobre as conversações disse que um elemento que Israel ainda estava pressionando era a capacidade de realizar a “aplicação direta” da trégua por meio de ataques aéreos ou outras operações militares contra o Hezbollah, caso ele estivesse violando o acordo.
O Canal 12 de televisão de Israel informou que Israel estava buscando uma versão reforçada da Resolução 1701 da ONU, para permitir que Israel interviesse se sentisse sua segurança ameaçada.
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O Líbano ainda não havia sido informado formalmente sobre a proposta e não podia comentar seus detalhes, disseram autoridades libanesas.