EUA buscam acordo diplomático para impedir conflito entre Israel e Hezbollah

Bombardeios na fronteira norte de Israel levaram a uma retirada de dezenas de milhares de pessoas de áreas nos dois lados da fronteira

Reuters

Fumaça é vista no vilarejo de Khiam, no sul do Líbano, em meio às contínuas hostilidades entre o Hezbollah e as forças israelenses (Foto: Stringer/Reuters)
Fumaça é vista no vilarejo de Khiam, no sul do Líbano, em meio às contínuas hostilidades entre o Hezbollah e as forças israelenses (Foto: Stringer/Reuters)

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Os Estados Unidos estão trabalhando com urgência por um acordo diplomático que permita que civis israelenses e libaneses voltem para suas casas nos dois lados da fronteira, disse o secretário de Defesa, Lloyd Austin, nesta terça-feira (25).

Bombardeios na fronteira norte de Israel levaram a uma retirada de dezenas de milhares de pessoas de áreas nos dois lados da fronteira e se intensificaram nas últimas semanas, o que provocou temores de uma guerra total entre Israel e Hezbollah.

“As provocações do Hezbollah ameaçam arrastar os povos israelense e libanês a uma guerra que eles não querem. Uma guerra como essa seria uma catástrofe para o Líbano e seria devastadora para civis inocentes israelenses e libaneses”, afirmou Austin, no começo da sua reunião com o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, no Pentágono.

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“Diplomacia é de longe a melhor maneira de evitar mais escaladas. Então, estamos buscando com urgência um acordo diplomático que restaure a calma na fronteira norte de Israel e permita que civis voltem seguramente para suas casas nos dois lados da fronteira entre Israel e Líbano”, acrescentou.

O conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que Israel passará as próximas semanas tentando resolver o conflito com o Hezbollah, grupo do Líbano fortemente armado e com apoio do Irã, e prefere uma solução diplomática.

Hanegbi afirmou que Israel está discutindo com autoridades norte-americanas a possibilidade de que um esperado fim das intensas operações militares israelenses em Gaza permita um “acordo” com o Hezbollah.

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Hezbollah e Israel trocam ataques há mais de oito meses, paralelamente à guerra em Gaza.

No Pentágono, Gallant afirmou que discutiria prontidão militar com Austin. “Estamos trabalhando em proximidade para chegar a um acordo, mas também precisamos discutir prontidão em todos os cenários possíveis”, afirmou Gallant.

Gallant disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na segunda-feira (24) que Israel prefere uma solução diplomática ao conflito com o Hezbollah, segundo o Departamento de Estado.

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“Nós achamos que uma solução diplomática é possível. Nós achamos que é do interesse de todas as partes envolvidas”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, nesta terça-feira.

Gallant, no Pentágono, disse que discutiria os estreitos laços de defesa entre Israel e Estados Unidos, mas também áreas de divergência.

Em maio, o governo Biden pausou o envio de bombas de 900 kg e de 225 kg por preocupações com o impacto que elas teriam em áreas densamente povoadas, mas Israel ainda deveria receber bilhões de dólares em armas dos Estados Unidos.

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