Estados Unidos confirmam que um militar americano foi preso na Venezuela

Marinheiro foi preso no dia 30 de agosto e não estava em missão no país; Departamentos de Defesa e de Estado dos EUA estão trabalhando em conjunto para saber mais detalhes sobre a prisão

Roberto de Lira

Membros da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela usam seus escudos após um protesto de apoiadores da oposição venezuelana (Foto: Alexandre Meneghini Reuters)
Membros da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela usam seus escudos após um protesto de apoiadores da oposição venezuelana (Foto: Alexandre Meneghini Reuters)

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Um marinheiro dos Estados Unidos está preso na Venezuela desde o dia 30 de agosto, confirmou disse uma fonte do Pentágono às agências de notícias internacionais. As primeiras informações dão conta que o militar não estava em missão no país sul-americano e não comunicou sua viagem aos superiores.

Os Departamentos de Defesa e de Estado americano estão trabalhando em conjunto para obter mais informações e tentar solucionar o problema, disseram as autoridades.

“Estamos cientes de relatos de que um marinheiro da Marinha dos EUA foi detido por volta de 30 de agosto pelas autoridades policiais venezuelanas enquanto viajava pessoalmente para a Venezuela. A Marinha está investigando isso e trabalhando em estreita colaboração com o Departamento de Estado”, disse um oficial da Defesa à ABC News.

O marinheiro está baseado na Costa Oeste e não estava em viagem autorizada para a Venezuela, reforçou o funcionário.

Ontem, durante uma coletiva de imprensa do Departamento de Estado, o porta-voz Matthew Miller confirmou o caso, mas não quis dar maiores detalhes aos jornalistas.

“Estamos acompanhando de perto a detenção de um militar dos EUA na Venezuela. Estamos monitorando de perto a situação, buscando informações adicionais, e não tenho mais comentários no momento. Muitas vezes, quando se trata de indivíduos detidos no exterior, devido a considerações de privacidade, não há muito que eu possa dizer. Mas é um assunto que conhecemos e sobre o qual buscamos mais informações”, afirmou.

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“Há coisas que sabemos sobre essa prisão que não tenho liberdade para dizer. Acho que você conhece as regras de privacidade quando não obtivemos uma isenção de privacidade e estamos limitados a falar sobre casos”, disse

Miller disse ainda que, mesmo sem uma presença diplomática oficial no país, os EUA têm a capacidade de lidar com a situação e coletar informações, por meio de parceiros.

Desde o agravamento da crise política venezuelana e do distanciamento das relações diplomáticas entre os dois países, a recomendação das autoridades é que cidadãos americanos não viagem para a Venezuela.