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Dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exigir um pedido de desculpas de Javier Milei, o presidente argentino afirmou que não pretende se retratar.
No ano passado, Milei chamou Lula de “comunista” e “corrupto”. Nesta sexta-feira (28), ele disse que o presidente brasileiro é um “esquerdinha com ego inflado” e o criticou por ter atuado na campanha eleitoral argentina em favor de Sérgio Massa, rival de Milei nas eleições do ano passado.
Na quarta-feira (26), Lula disse que ainda não havia falado com Milei por considerar que o presidente argentino deveria pedir desculpas a ele e ao Brasil. “Ele disse um monte de bobagens. Eu só quero que ele peça desculpas”, disse o presidente brasileiro.
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Em resposta nesta sexta-feira (28), o presidente argentino disse que esta era uma “discussão tão pequena” que lhe parecia “pré-adolescente”, comparando o brasileiro a outros líderes mundiais com quem já teve atritos.
“É o mesmo mecanismo do Petro, do Sánchez. Você não acredita que Petro e Lula não fizeram coisas parecidas? No caso do Lula, se envolver na nossa campanha eleitoral”, disse Milei em entrevista ao canal LN+, em referência ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e ao primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.
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“As coisas que disse são verdadeiras (…) Ele não foi preso por corrupção? (…) Ele não é comunista? Desde quando você tem que se desculpar por dizer a verdade?”, ironizou o presidente argentino.
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Lula foi preso em 2018 após ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele ficou preso por 19 meses entre 2018 e 2019. Em novembro de 2019, ele foi solto. Em 2021, o STF anulou o processo pelo qual ele foi condenado.
Milei continuou a fazer referências às eleições argentinas de 2023, garantindo que Massa fez uma “campanha negativa promovida desde o Brasil”, porque assessores brasileiros foram à Argentina colaborar com Massa na corrida à Casa Rosada.
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“Eles vão me pedir desculpas pelas mentiras que contaram? Aqueles que mentiram exigem que você peça desculpas porque alguém lhes contou a verdade? Vamos lá”, disse o presidente argentino.