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A cápsula espacial problemática da Boeing retornou à Terra sem uma tripulação, após uma missão marcada por problemas técnicos e atrasos.
O CST-100 Starliner partiu da Estação Espacial Internacional às 19h04 de sexta-feira (6), horário de Brasília, e pousou em White Sands, Novo México, após um voo que durou cerca de seis horas.
O voo atraiu atenção internacional após uma série de problemas técnicos levar a NASA a estender significativamente a permanência dos astronautas Barry “Butch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams. O par, que originalmente deveria voltar para casa no Starliner após cerca de uma semana, permanecerá no laboratório de pesquisa em órbita até o início de 2025, quando uma nave da SpaceX de Elon Musk os levará de volta.
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A Nasa decidiu em 24 de agosto que era muito arriscado permitir que os astronautas retornassem à Terra na cápsula da Boeing, devido a problemas contínuos com os propulsores da cápsula — pequenos motores que a espaçonave usa para manobrar no espaço. O retorno vazio da cápsula na sexta-feira renovará o debate sobre se o Starliner é seguro para ser utilizado como cápsula de tripulação para a Nasa.
Um fator-chave na decisão da Nasa de não levar os astronautas no voo foi que os engenheiros não estavam totalmente confiantes sobre como os propulsores se comportariam quando o Starliner precisasse acioná-los para manobrar fora da órbita.
Quando o Starliner acoplou com a estação espacial em 6 de junho, ele apresentou várias vazamentos de hélio, e alguns dos propulsores da cápsula falharam e precisaram ser reiniciados. A Nasa e a Boeing passaram meses realizando análises e testes para determinar por que os problemas ocorreram, mas ainda não conseguiram entender completamente a causa raiz.
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Wilmore e Williams foram os primeiros astronautas a voar no Starliner como parte de um voo de teste crucial para verificar se a cápsula era segura para realizar viagens regulares com tripulação para a Estação Espacial Internacional.
Stich disse que a Nasa trabalhará com a Boeing para entender completamente os problemas e como reduzir a pressão sobre os propulsores antes do próximo voo.
“Vamos levar o tempo necessário para descobrir o que precisamos fazer para voar o Starliner One corretamente,” afirmou Stich.
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