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As fortes enchentes que atingem a cidade portuária de Bahía Blanca, na Argentina, já deixaram pelo menos 16 mortos, mais de 100 desaparecidos e aproximadamente 960 pessoas desalojadas. O desastre também causou um prejuízo econômico estimado em R$ 2,3 bilhões, afetando infraestrutura e atividades comerciais na região.
As chuvas intensas começaram na manhã de sexta-feira (7) e se estenderam até o fim de semana, despejando mais de 400 milímetros de precipitação — volume equivalente ao esperado para um ano inteiro na cidade. O transbordamento do riacho Maldonado agravou a situação, sobrecarregando o sistema de esgoto subterrâneo e dificultando os esforços de resgate.
Diversos bairros ficaram completamente submersos, com níveis de água chegando a dois metros em algumas áreas, destruindo pontes e bloqueando estradas de acesso. Veículos de emergência, incluindo ambulâncias e viaturas, foram arrastados pela correnteza, comprometendo a capacidade de resposta das equipes de resgate.
O prefeito de Bahía Blanca, Federico Susbielles, descreveu os momentos críticos da enchente como “difíceis e eternos” e afirmou que a cidade perdeu cerca de 70% de sua capacidade operacional. Autoridades locais não descartam um aumento no número de vítimas, já que muitos moradores ainda estão ilhados ou desaparecidos.
Diante da tragédia, o presidente argentino Javier Milei anunciou a decretação de três dias de luto nacional em homenagem às vítimas. O Ministério da Segurança da província de Buenos Aires confirmou que já recebeu mais de 100 denúncias de desaparecimento relacionadas à tempestade, enquanto equipes de emergência continuam os trabalhos de resgate e assistência à população afetada.
(Com informações da AFP)