Empresas de segurança privada dos EUA irão ajudar a supervisionar cessar-fogo em Gaza

De acordo com o jornal The New York Times, essas empresas vão ajudar a garantir a segurança na zona conhecida como "Corredor Netzarim", que divide Gaza em duas partes

Equipe InfoMoney

Palestinos deslocados com seus pertences em um veículo passam pelos escombros enquanto tentam retornar para suas casas após um atraso no cessar-fogo entre Israel e Hamas devido à lista de reféns, na faixa norte de Gaza, 19 de janeiro de 2025. REUTERS/Khalil Ramzi
Palestinos deslocados com seus pertences em um veículo passam pelos escombros enquanto tentam retornar para suas casas após um atraso no cessar-fogo entre Israel e Hamas devido à lista de reféns, na faixa norte de Gaza, 19 de janeiro de 2025. REUTERS/Khalil Ramzi

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Em meio ao cessar-fogo entre Israel e Hamas, empresas de segurança privada dos Estados Unidos foram contratadas para supervisionar o retorno de palestinos ao norte da Faixa de Gaza. As empresas terão a função de revistar veículos que transportam palestinos do sul da faixa para o norte, buscando a presença de armas.

De acordo com o jornal The New York Times, essas empresas vão ajudar a garantir a segurança na zona conhecida como “Corredor Netzarim”, que divide Gaza em duas partes.

A presença de empresas privadas de segurança dos EUA na região é uma novidade, já que autoridades americanas não visitam a Faixa de Gaza há anos devido a preocupações de segurança e à política de não contato oficial com Hamas.

Nos primeiros dias do conflito, o exército israelense ordenou a evacuação em massa do norte de Gaza, forçando centenas de milhares de palestinos a se deslocarem para o sul. Desde então, as tropas israelenses têm patrulhado o “Corredor Netzarim” para impedir o retorno dos palestinos.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, reiterou que o país não permitirá que combatentes armados retornem ao norte de Gaza, enquanto os mediadores tentam equilibrar as exigências de segurança de Israel e as condições de Hamas para a retirada israelense.

O cessar-fogo de 42 dias, que entrou em vigor no último domingo (19), foi mediado por Catar, Egito e Estados Unidos.

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De acordo com os termos do acordo, palestinos que retornarem a pé não serão revistados, mas os veículos serão inspecionados pelas empresas de segurança a partir do próximo sábado (25). No entanto, ainda não está claro quando esse mecanismo será implementado.

Segundo o New York Times, uma das empresas contratadas para trabalhar na região é a Safe Reach Solutions, que faz operações de logística e planejamento, embora os detalhes sobre suas atividades e como ela será financiada ainda não tenham sido divulgadas.