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Mark Zuckerberg disse que a reação imediata do ex-presidente Donald Trump após ser ferido por um tiro foi “incrível” e inspiradora, o que ajuda a explicar seu apelo aos eleitores.
“Ver Donald Trump se levantar depois de levar um tiro no rosto e levantar o punho no ar com a bandeira americana é uma das coisas mais fodas que já vi na minha vida”, disse o CEO da Meta Platforms (M1TA34), nesta quinta-feira (19), em uma entrevista na sede da empresa em Menlo Park, Califórnia. “Em algum nível, como americano, é difícil não ficar meio emocionado com esse espírito e essa luta, e acho que é por isso que muitas pessoas gostam do cara”.
Zuckerberg, 40, se recusou a endossar Trump ou seu suposto oponente, o presidente Joe Biden, acrescentando que ele “não está planejando” se envolver na eleição de nenhuma forma. Ainda assim, seus comentários se somam a um coro crescente de líderes do Vale do Silício, incluindo o bilionário da Tesla, Elon Musk, e os capitalistas de risco Marc Andreessen e Ben Horowitz, que estão se aquecendo para o ex-presidente, alguns prometendo doações para sua campanha.
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Zuckerberg fez os comentários durante uma ampla discussão sobre o futuro da IA, mídia social e muito mais para The Circuit com Emily Chang. O episódio completo está programado para ir ao ar na terça-feira.
Zuckerberg disse que o Meta está fazendo mudanças que ele espera que signifiquem que o Facebook não seja tanto um ponto crítico nas eleições daqui para frente. “A principal coisa que ouço das pessoas é que elas realmente querem ver menos conteúdo político em nossos serviços porque elas vêm aos nossos serviços para se conectar com as pessoas.”
A Meta já está recomendando menos conteúdo político para seus usuários, segundo ele. “Eu acho que vocês verão nossos serviços desempenharem um papel menor nesta eleição do que tiveram no passado.”
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O relacionamento de Zuckerberg com Trump foi complicado devido ao uso que o ex-presidente dos EUA fez dos produtos da Meta para alcançar seus seguidores. As postagens de Trump rotineiramente continham informações incorretas ou desafiavam as regras da companhia.
A empresa suspendeu Trump do Facebook e do Instagram por dois anos após os tumultos no Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Na época, Zuckerberg postou que Trump estava usando sua conta para “prejudicar a transição pacífica e legal do poder para seu sucessor eleito”.
Embora as contas tenham sido restabelecidas, Trump já sinalizou que não perdoou Meta ou Zuckerberg, e recentemente sugeriu que planeja retaliá-los. Ele chamou o Facebook de “inimigo do povo” em março. No início deste mês, Trump também pareceu alertar Zuckerberg. “Tudo o que posso dizer é que, se eu for eleito presidente, perseguiremos fraudadores eleitorais em níveis nunca vistos antes, e eles serão enviados para a prisão por longos períodos de tempo”, escreveu Trump no Truth Social. “Já sabemos quem vocês são. NÃO FAÇAM ISSO! ZUCKERBUCKS, tenham cuidado!”
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Trump reverteu posições políticas em nome da punição à Meta. Enquanto era presidente, pressionou pela proibição do aplicativo de vídeo de propriedade chinesa, TikTok Contudo, ele mudou sua posição, argumentando na Businessweek que a proibição seria muito benéfica para os negócios da Meta.
Zuckerberg disse que acolhe a competição. “É bom”, disse ele no The Circuit . “Acho que estamos indo muito bem aqui. Estamos ganhando participação de mercado. Então, não sei. Eles farão o que precisam fazer, mas acho que ficaremos bem e continuaremos indo bem neste espaço de qualquer maneira.”
Quando perguntado se ele achava que o TikTok deveria ser banido, Zuckerberg objetou. “Isso está acima do meu nível salarial”, ele disse.
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