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Uma ameaça desafiadora de Elon Musk, avisando que os funcionários federais terão “uma segunda chance” de responder ao seu e-mail pedindo que justifiquem seus empregos ou correm o risco de serem demitidos, provavelmente provocará outra rodada de confusão no governo dos Estados Unidos nesta terça-feira (25).
A advertência de Musk foi feita depois que autoridades do governo Trump disseram aos funcionários federais que eles não precisavam responder ao e-mail dele do fim de semana que exigia que eles resumissem suas realizações da última semana. O fato de não responderem seria considerado uma demissão, disse Musk.
Mas enquanto alguns órgãos federais, como o Departamento do Tesouro dos EUA, disseram a seus funcionários para atender à solicitação, outros, como o Pentágono, não o fizeram. À medida que o prazo de Musk se aproximava da meia-noite de segunda-feira (24), o Escritório de Gestão de Pessoal dos EUA afirmou às agências que seus funcionários poderiam ignorar o e-mail.
Musk, o bilionário presidente-executivo da Tesla e da SpaceX que foi encarregado pelo presidente Donald Trump de liderar uma redução radical do tamanho do governo federal, pareceu não se intimidar.
“Sujeito ao critério do presidente, eles terão outra chance. Se não responderem uma segunda vez, serão demitidos”, escreveu ele no X, site de mídia social do qual é proprietário.
A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário sobre as falas de Musk.
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As ações de Musk e a reação que ele recebeu dos órgãos federais abriram novos rachas dentro da administração nascente de Trump e levantaram questões sobre os limites da autoridade de Musk.
Mesmo após a orientação do Escritório de Gestão de Pessoal, que pediu aos funcionários que não compartilhassem informações confidenciais ou sigilosas ao responder a Musk, algumas autoridades de agências ainda incentivaram seus funcionários a responder ao email.
Um gerente sênior da Administração de Serviços Gerais, que administra prédios federais, disse aos funcionários que a agência ainda estava incentivando os funcionários a responder, mesmo que fosse voluntário, de acordo com uma fonte do órgão.
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A iniciativa de redução de pessoal de Musk, impulsionada por seu chamado Departamento de Eficiência Governamental (Doge), levou à demissão de mais de 20.000 funcionários. A administração ofereceu separadamente indenizações a 75.000 funcionários.
A força de trabalho federal é de cerca de 2,3 milhões.
A abordagem de corte de Musk também se espalhou pela economia norte-americana em geral, forçando as empresas que fazem negócios com o governo a demitir funcionários e adiar os pagamentos aos fornecedores.
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Desde que assumiu o cargo, em 20 de janeiro, Trump congelou bilhões de dólares em assistência externa e efetivamente desmantelou a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, que administra cerca de 60% da assistência externa dos EUA, deixando medicamentos e alimentos em depósitos.
Em alguns casos, o governo tem se esforçado para recontratar trabalhadores que desempenham funções essenciais, como supervisão de armas nucleares e resposta à gripe aviária.