Eleitores de regiões afetadas por furacão na Carolina do Norte são alvo das campanhas

Partidos Republicano e Democrata estão de olho no voto de pessoas que ficaram isoladas após furacão Helene; estado, que é uma das áreas cruciais na disputa, bateu seu recorde de votos pelo correio

Reuters

Danos causados pelo furacão Helene na Carolina do Norte - 01/10/2024 (Foto: Marco Bello/Reuters)
Danos causados pelo furacão Helene na Carolina do Norte - 01/10/2024 (Foto: Marco Bello/Reuters)

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Asheville, Estados Unidos (Reuters) – Líderes do Partido Republicano se reuniram na semana passada na Carolina do Norte, que foi devastada por um furacão, com uma missão: descobrir como alcançar potenciais eleitores de Donald Trump que estão desabrigados ou isolados. Eles pensaram em levar cédulas de votos por helicóptero ou em fazer com que mulas ou veículos especiais levassem os eleitores às urnas.


Com a disputa presidencial mais acirrada do que nunca, o Partido Democrata está adotando uma abordagem diferente, descartando algumas áreas por estarem muito devastadas pelas tempestades e alguns eleitores por serem perspectivas improváveis, à medida que os dois partidos brigam pelo Estado, um dos poucos que decidirão a eleição de 5 de novembro.


A Reuters viajou centenas de quilômetros pelos condados do oeste da Carolina do Norte durante quatro dias, conversando com cerca de três dezenas de autoridades partidárias, eleitores, candidatos e ativistas para discutir a melhor forma de motivar os eleitores após a passagem do furacão Helene, que matou pelo menos 96 pessoas no Estado.

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“Vocês acham que estamos brincando com essas mulas”, disse o presidente do Partido Republicano da Carolina do Norte, Jason Simmons. “Vocês terão vários meios tradicionais e não tradicionais de contato com os eleitores.”


O número de pessoas a votar antecipadamente na Carolina do Norte sugere que os eleitores entendem o papel de liderança que seu Estado desempenha na eleição. Na semana passada, a Carolina do Norte estabeleceu um recorde de votação antecipada no primeiro dia, com 353.166 cédulas lançadas, superando em 1,3% o recorde anterior de 2020.


Dados publicados na quarta-feira mostraram que 34,5% das cédulas foram de democratas, enquanto 33,9% foram de republicanos, contra 43,7% democratas e 27,5% republicanos durante o mesmo período em 2020.

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Trump e Kamala estão quase empatados no Estado, de acordo com o agregador de pesquisas de opinião FiveThirtyEight, com Trump com 48,1% de apoio e Kamala com 47,3%.


Republicanos acreditam que o furacão Helene trouxe apoio para o partido. “Eles (as pessoas) estão vendo o que tem sido, na melhor das hipóteses, uma resposta sem brilho por parte do governo federal, e isso só ampliou suas frustrações com o que veem em Washington”, disse Simmons.


Até domingo, o governo do presidente Joe Biden havia aprovado mais de US$ 300 milhões em assistência para a Carolina do Norte, incluindo US$ 118 milhões em assistência individual para mais de 87.600 famílias e mais de US$ 189 milhões para a remoção de escombros e outros esforços emergenciais. Mais de 1.500 funcionários federais permanecem mobilizados para apoiar a recuperação.

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Alguns líderes democratas estão preocupados com a disseminação de informações falsas, algumas delas por Trump, junto da fuga de eleitores após a tempestade no condado de Buncombe, um reduto democrata nas eleição de 2020.


Trump tem acusado repetidamente Biden e Kamla de usar fundos federais de emergência para abrigar imigrantes que estão no país ilegalmente.


“Acho que nossos números podem não ser os necessários”, disse Kathie Kline, presidente do Partido Democrata no condado de Buncombe, que inclui a cidade de Asheville. “O condado de Buncombe pode muito bem – e esse desastre pode muito bem – ter muito a ver com a perda da eleição para Kamala.”

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