Eleições para o Parlamento Europeu começam hoje. O que está em jogo?

Votação começa nesta quinta-feira na Holanda e segue até domingo em todos os 27 países da UE; mais de 370 milhões de pessoas estão aptas a votar e pesquisas mostram crescimento da direita

Roberto de Lira

Cartazes de campanha em Haia, na Holanda, antes de eleições para o Parlamento Europeu  - 05/06/2024 (Foto: Piroschka van de Wouw/Reuters)
Cartazes de campanha em Haia, na Holanda, antes de eleições para o Parlamento Europeu - 05/06/2024 (Foto: Piroschka van de Wouw/Reuters)

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Mais de 370 milhões de cidadãos de 27 países europeus começam nesta quinta-feira (6) a escolher seus 720 representantes no Parlamento da União Europeia, ou seja, os legisladores que irão ditar as regras do bloco econômico pelos próximos cinco anos.

O Parlamento Europeu é uma assembleia transnacional responsável pela criação ou mudança de leis e seu representantes votam também em temas como novos acordos comerciais, fiscalizam as instituições da UE e a forma como o dinheiro dos contribuintes é gasto.

Na sequência das eleições, o Parlamento escolhe o presidente da Comissão Europeia, cargo hoje ocupado por Ursula von der Leyen, que já anunciou a disposição de permanecer na função.

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Para chegar a uma maioria suficiente para eleger um presidente, um grupo político ou coalizão necessita de ao menos 361 votos.

Os lugares são atribuídos de acordo com a dimensão da população de cada país, com a Alemanha tendo o maior número de representantes (96 assentos), seguida da França (81), Itália (76) e Espanha (61). O número mínimo é de 6 representantes, caso de países como Malta, Luxemburgo e Chipre.

Conforme explica a BBC, a votação começa nesta quinta-feira, na Holanda, seguida por Irlanda e Malta no dia seguinte e a Letônia e Eslováquia no sábado. Mas muitos dos Estados-membros da UE votam apenas no domingo (9).

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Embora a maioria das votações ocorra em um único dia, os tchecos vão ter a sexta-feira e o sábado para votar, enquanto os italianos votam no sábado e no domingo. Na Bélgica, além da eleição europeia, haverá disputas de eleições nacionais e regionais.

Embora as pesquisas mostrem que os grandes grupos tradicionais, como o PPE, de centro-direita, e o C&D, de centro-esquerda, devam ficar com a maior parte das cadeiras, neste ano, as forças da direita estão avançando nas preferências dos eleitores.

Estima-se que os grupos ICR e o ID, nesse campo político de direita e extrema-direita, alcancem a inédita marca de 140 assentos no Parlamento, o que pode pressionar importantes votações sobre mudanças climáticas, imigração e apoio à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia.