Dólar ‘blue’ amplia queda na Argentina e cotação se aproxima do câmbio oficial

A divisa paralela estava sendo negociada nos pontos tradicionais da capital Buenos Aires na tarde desta sexta-feira a 1.050 pesos por dólar, ante 1.034 da cotação oficial

Equipe InfoMoney

Cédulas de 100 pesos e 100 dólares - 17/10/2022 (Foto: Agustin Marcarian/Ilustração/Reuters)
Cédulas de 100 pesos e 100 dólares - 17/10/2022 (Foto: Agustin Marcarian/Ilustração/Reuters)

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O dólar “blue”, a cotação mais popular do mercado paralelo de câmbio na Argentina, reforçou a tendência de queda observada nos últimos meses e se aproximou nesta sexta-feira (6) da cotação oficial do Banco Central local.

Segundo as pesquisas que os sites jornalísticos argentinos fazer diariamente, a divisa paralela estava sendo negociada nos pontos tradicionais da capital Buenos Aires na tarde desta sexta-feira a 1.050 pesos por dólar, ante 1.034 da cotação oficial.

Ou seja, o dólar informal já vale praticamente o mesmo que o do BC, após atingir o patamar máximo de 1.500 pesos em julho passado.

Só em novembro, o dólar “blue” caiu 70 pesos, mas essa perda foi acelerada no início de dezembro.

O jornal Ámbito Financiero ouviu especialistas, que apontaram como motivos para esse desempenho a política econômica do governo de Javier Milei, com foco em superávit fiscal, base monetária fixa e combate à inflação.

Além dos resultados econômicos e financeiros obtidos pela administração do ministro da Economia, Luis Caputo, os especialistas dizem que existe uma influência sazonal.

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A explicação é que, em todo início de dezembro, o mercado exige pesos, por conta de fatores como as compras para o período de festas e os pagamentos de bônus (chamados lá de ‘aguinaldos’). Isso alimenta a oferta de divisas, o que faz com que os preços caiam.

Na segunda metade do mês, parte desses recurso extras pode alimentar a demanda de dólares e, em consequência, os preços podem reagir.

O portal InfoBae, por sua vez, informou que, mesmo com a brecha cambial mais estreita, o governo não pretende antecipar o fim dos controles cambiais (“cepo”). Ainda será preciso que a inflação cai mais e que o BC consiga agregar mais reservas.