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Cientistas britânicos desenterraram quase 200 pegadas de dinossauros, datando de 166 milhões de anos, em uma pedreira de Oxfordshire, Inglaterra.
Essa descoberta, que remonta ao período Jurássico Médio, foi inicialmente descoberta em 2023 quando um trabalhador da pedreira percebeu “salientes incomuns” no solo enquanto extraía calcário para a construção de estradas.
As trilhas foram apelidadas de “estrada dos dinossauros”, em referência aos caminhos deixados por essas criaturas pré-históricas.
Embora outras trilhas jurássicas tenham sido documentadas em várias partes do mundo, essa nova descoberta em Oxfordshire é considerada o maior sítio de pegadas de dinossauros conhecido no Reino Unido.
Em junho de 2024, cerca de 100 voluntários das universidades de Birmingham e Oxford se uniram para escavar e registrar informações sobre o local.
A descoberta coincidiu com o 200º aniversário da descrição do primeiro dinossauro, o Megalosaurus, encontrado na mesma região em 1824.
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Durante a escavação, os pesquisadores descobriram cinco trilhas extensas, sendo a mais longa com mais de 150 metros de comprimento.
Quatro dessas trilhas continham marcas de dinossauros herbívoros de pescoço longo, conhecidos como saurópodes, possivelmente do gênero Cetiosaurus, que podia atingir até 18 metros de comprimento. As marcas mais largas mediam cerca de 90 centímetros.
A quinta trilha continha impressões do Megalosaurus, um dinossauro carnívoro que poderia medir até 9 metros de comprimento.
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As pegadas fornecem pistas sobre o comportamento desses dinossauros, como suas interações sociais e hábitos alimentares.
Os cientistas descobriram que a maioria dos dinossauros estava se movendo em direção ao nordeste a uma velocidade média de cerca de 5 km/h, semelhante ao passo de um humano.
As trilhas do Megalosaurus cruzavam as dos sauropodes, indicando que o predador pode ter se movido pela área logo após os herbívoros.
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A preservação dessas pegadas é resultado das condições da terra durante o Jurássico: o solo macio e a presença de água ajudaram a conservar as impressões, que foram rapidamente cobertas por sedimentos, protegendo-as da erosão.
Os pesquisadores planejam continuar suas escavações e análises, utilizando imagens aéreas para criar modelos 3D das pegadas, permitindo uma investigação mais aprofundada sobre esses habitantes do passado.