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(Bloomberg) As tarifas de 25% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos do Canadá e do México e de 10% sobre aqueles da China deverão repercutir principalmente nas famílias, com aumento de preços de uma ampla gama de itens, que vão de legumes e frutas e automóveis.
Economistas alertaram que as empresas com sede nos EUA que pagam mais para importar produtos aumentarão os preços para absorver pelo menos parte das despesas extras.
Na pior das hipóteses, em que 100% das tarifas são repassadas aos consumidores e eles não buscam alternativas fabricadas nos Estados Unidos, isso poderia resultar em um gasto adicional de cerca de US$ 835 por pessoa, ou US$ 3.242 para uma família de quatro pessoas, de acordo com estimativas do ING.
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O impacto não seria sentido imediatamente, mas haverá um aperto no poder de compra a médio e longo prazo, disse James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em nota.
As tarifas devem entrar em vigor às 12h01 de terça-feira (4).
Veja a seguir as principais importações dos três países que podem se tornar mais caras aos consumidores:
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Vegetais e frutas
Uma parte significativa dos produtos frescos que os americanos consomem vem do outro lado da fronteira. Cerca de metade dos legumes e 40% das frutas que os EUA importam são do México. Além de fornecer mais de 90% dos avocados que os americanos consomem, o país latino-americano é o principal fornecedor estrangeiro de pimentões, pepinos e abóbora.
Tequila
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Bebidas alcoólicas foram responsáveis por quase um quarto de todas as importações dos EUA provenientes do México em 2023. Quatro em cada cinco cervejas que entram nos EUA vindas do exterior vêm do sul da fronteira, assim como metade de todas as bebidas destiladas que o país importa – principalmente tequila e mescal.
O Canadá também é um dos principais fornecedores de bebidas destiladas, incluindo licores e uísque.
Automóveis
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Quase metade das importações de autopeças dos EUA vem do Canadá e do México, e as montadoras americanas são particularmente dependentes desses produtos.
Quando se trata de produtos específicos, como airbags e cintos de segurança, quase 80% dos que os EUA importam vêm de seus vizinhos norte-americanos. Além disso, metade das importações americanas de carros montados vem dos dois países.
“Tarifas sobre esses produtos significam que os EUA estariam, na verdade, aplicando tarifas sobre si mesmos”, escreveu Nicole Gorton-Caratelli, da Bloomberg Economics, em uma nota em 21 de janeiro. “As montadoras de automóveis dos EUA, em particular – um símbolo de longa data da manufatura americana -, sentiriam uma dor considerável.”
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Vestuário
A China responde por quase 30% de todas as importações de vestuário dos EUA, e a Bloomberg Intelligence estima que os preços das roupas poderiam subir até 2% para as marcas que mais dependem de fornecedores do país asiático.
Algumas empresas anunciaram planos para reduzir seu fornecimento da China – a Steven Madden disse que planeja reduzir o número de produtos fabricados na China em 40% dentro de um ano.
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Importações do México
As tarifas são uma resposta ao que Trump diz ser um fracasso das três nações em ajudar a impedir o fluxo de migrantes sem documentos e drogas ilegais, como o fentanil, pelas fronteiras dos EUA.
Do México, as principais importações dos EUA, em termos de valor incluem autopeças, carros, caminhões, ônibus e eletrônicos.
Importações do Canadá
As remessas do Canadá são dominadas por petróleo e automóveis, além de peças de veículos, bauxita e alumínio.
As importações de energia dos EUA, incluindo petróleo e eletricidade, serão poupadas da taxa total de 25% e terão uma tarifa de 10%, de acordo com as autoridades da Casa Branca.
Eles disseram que a intenção era minimizar a pressão de alta sobre os preços da gasolina e do óleo para aquecimento doméstico.
Da China, telefones celulares, aparelhos domésticos, computadores e brinquedos estão entre os primeiros da lista de importados pelos Estados Unidos.
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