“Czar da Energia” de Trump diz que EUA perderão corrida da IA sem combustível fóssil

Doug Burgum disse que a dependência dos Estados Unidos em relação à energia renovável vai prejudicar a segurança nacional e beneficiará a China

Gabriel Garcia

O ex-governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, indicado pelo presidente eleito Donald Trump para o cargo de secretário do Interior, é empossado durante uma audiência de confirmação antes do Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado no Edifício do Escritório do Senado Dirksen em 16 de janeiro de 2025, no Capitólio, em Washington, DC. Burgum se tornará o 55º secretário do Interior do país, se confirmado. (Foto de Alex Wong/Getty Images)
O ex-governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, indicado pelo presidente eleito Donald Trump para o cargo de secretário do Interior, é empossado durante uma audiência de confirmação antes do Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado no Edifício do Escritório do Senado Dirksen em 16 de janeiro de 2025, no Capitólio, em Washington, DC. Burgum se tornará o 55º secretário do Interior do país, se confirmado. (Foto de Alex Wong/Getty Images)

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Doug Burgum, indicado por Donald Trump para o cargo de secretário do Interior, alertou que os Estados Unidos perderão a “corrida da IA” para a China a menos que aumentem a geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis e estabilizem a rede elétrica do país.

Durante uma audiência no Senado, Burgum, ex-governador de Dakota do Norte, destacou que os EUA enfrentam uma “crise de eletricidade” devido a fraquezas na rede e obstáculos que impedem a construção de usinas de combustíveis fósseis.

Burgum propôs que o governo Trump destine mais terras públicas para a perfuração de petróleo e elimine incentivos fiscais que favorecem empresas de energia renovável, que, segundo ele, produzem energia “intermitente e não confiável”.

Ele enfatizou que a dependência exclusiva de fontes renováveis pode comprometer a capacidade de fornecer energia estável, afirmando que “o sol nem sempre brilha e o vento nem sempre sopra”.

A demanda por eletricidade nos EUA está crescendo em um ritmo sem precedentes, impulsionada pelo aumento da necessidade de data centers para processamento de inteligência artificial, que, segundo o Departamento de Energia, deve triplicar nos próximos três anos.

Burgum afirmou que, sem uma base sólida de geração de energia, os EUA correm o risco de perder a liderança em tecnologia de inteligência artificial, o que teria impactos diretos na segurança nacional.

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O ex-governador também mencionou que novas tecnologias, como o armazenamento de carbono, poderiam mitigar as emissões geradas pelos combustíveis fósseis, embora existam dúvidas sobre a viabilidade comercial e técnica dessa tecnologia.

Ele argumentou que restringir a produção de combustíveis fósseis nos EUA não traria benefícios ambientais, pois a demanda apenas se deslocaria para países com padrões ambientais menos rigorosos.

Em contraste, o presidente Joe Biden recentemente assinou uma ordem executiva para abrir terras federais para infraestrutura de inteligência artificial, condicionada ao uso de fontes de eletricidade limpa, parte de seus esforços para reduzir emissões e combater as mudanças climáticas.