“Cultura corrosiva”: Painel recomenda troca da liderança do Serviço Secreto dos EUA

Relatório destaca falhas que permitiram que um atirador disparasse contra Trump durante um comício na Pensilvânia

Gabriel Garcia

O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, saiu de comício após o disparo de tiros durante um comício de campanha no Butler Farm Show em Butler, Pensilvânia, EUA, em 13 de julho de 2024, nesta captura de tela tirada de um vídeo. (ABC/US Network Pool/ Handout via REUTERS)
O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, saiu de comício após o disparo de tiros durante um comício de campanha no Butler Farm Show em Butler, Pensilvânia, EUA, em 13 de julho de 2024, nesta captura de tela tirada de um vídeo. (ABC/US Network Pool/ Handout via REUTERS)

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Um painel independente que investiga a tentativa de assassinato de Donald Trump em julho pediu uma ampla reforma no Serviço Secreto dos Estados Unidos, sugerindo que a agência substitua sua liderança por profissionais externos e se concentre em sua missão de proteção. O relatório, divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Departamento de Segurança Interna, destaca falhas graves que permitiram que um atirador disparasse contra Trump durante um comício na Pensilvânia, resultando na morte de um espectador e ferindo outros dois.

O relatório aponta a falha da agência em garantir a segurança do telhado de onde o atirador disparou oito tiros e a comunicação deficiente durante o evento. Além disso, menciona problemas mais profundos na cultura “corrosiva” do Serviço Secreto, caracterizada pela mentalidade de “fazer mais com menos”, e uma falta de compreensão das dificuldades únicas em proteger Trump.

“O Serviço Secreto se tornou burocrático, complacente e estático, mesmo com o aumento dos riscos e a evolução da tecnologia”, afirma o relatório de 52 páginas. “É simplesmente inaceitável que a agência tenha qualquer coisa menos que um foco máximo em sua missão de proteção, especialmente enquanto essa função de proteção atualmente está abaixo do padrão aceitável”.

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O relatório se baseia em investigações anteriores sobre como o atirador, Thomas Matthew Crooks, conseguiu abrir fogo com um rifle AR-15 de um telhado a cerca de 120 metros de onde Trump estava falando. Escrito por um painel de quatro ex-oficiais de segurança, o documento revela uma agência que luta para pensar criticamente sobre como manter seus protegidos seguros em um cenário de aumento da violência politicamente motivada.

A diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, renunciou após o ataque de julho e foi substituída temporariamente por Ronald Rowe, um veterano de 24 anos da agência. O relatório sugere que a mudança na liderança deve ir muito além, incluindo a substituição de altos funcionários por profissionais externos, incluindo do setor privado, que possam trazer novas perspectivas e expertise para uma agência que se tornou complacente.

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