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Um painel independente que investiga a tentativa de assassinato de Donald Trump em julho pediu uma ampla reforma no Serviço Secreto dos Estados Unidos, sugerindo que a agência substitua sua liderança por profissionais externos e se concentre em sua missão de proteção. O relatório, divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Departamento de Segurança Interna, destaca falhas graves que permitiram que um atirador disparasse contra Trump durante um comício na Pensilvânia, resultando na morte de um espectador e ferindo outros dois.
O relatório aponta a falha da agência em garantir a segurança do telhado de onde o atirador disparou oito tiros e a comunicação deficiente durante o evento. Além disso, menciona problemas mais profundos na cultura “corrosiva” do Serviço Secreto, caracterizada pela mentalidade de “fazer mais com menos”, e uma falta de compreensão das dificuldades únicas em proteger Trump.
“O Serviço Secreto se tornou burocrático, complacente e estático, mesmo com o aumento dos riscos e a evolução da tecnologia”, afirma o relatório de 52 páginas. “É simplesmente inaceitável que a agência tenha qualquer coisa menos que um foco máximo em sua missão de proteção, especialmente enquanto essa função de proteção atualmente está abaixo do padrão aceitável”.
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O relatório se baseia em investigações anteriores sobre como o atirador, Thomas Matthew Crooks, conseguiu abrir fogo com um rifle AR-15 de um telhado a cerca de 120 metros de onde Trump estava falando. Escrito por um painel de quatro ex-oficiais de segurança, o documento revela uma agência que luta para pensar criticamente sobre como manter seus protegidos seguros em um cenário de aumento da violência politicamente motivada.
A diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, renunciou após o ataque de julho e foi substituída temporariamente por Ronald Rowe, um veterano de 24 anos da agência. O relatório sugere que a mudança na liderança deve ir muito além, incluindo a substituição de altos funcionários por profissionais externos, incluindo do setor privado, que possam trazer novas perspectivas e expertise para uma agência que se tornou complacente.